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O Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia marcou uma data para começar a ouvir a contestação oral da Grayscale, maior gestora de ativos digitais do mundo, que recorre da decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) de negar a conversão do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em um fundo negociado em bolsa (ETF).
As discussões acontecerão às 11h30 (Horário de Brasília) do dia 7 de março, mais cedo do que a Grayscale havia previsto.
Em um tweet na terça-feira, a gestora disse que “anteriormente, prevíamos que as alegações orais ocorreriam no segundo trimestre de 2023, portanto, programá-las para começar em 7 de março é uma boa notícia”.
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Maior fundo de Bitcoin do mundo, com cerca de 630.000 BTC, o GBTC é um trust que mantém os ativos comprados na carteira sem possibilidade de resgate. O produto foi criado com a premissa de que viraria um ETF para dar opção de saída aos investidores.
Por conta da negativa à conversão, as cotas do fundo são negociadas com deságio frente ao preço do Bitcoin desde fevereiro de 2022 – o desconto, que já chegou a 50%, hoje ronda os 40%.
O CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, reiterou na CNBC na terça-feira que a empresa consideraria fazer uma oferta pública para resgatar ações do fundo se ficar sem opções para converter o fundo em um ETF.
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“Se esgotarmos todas as opções judiciais para contestar a postura da SEC sobre este produto, trabalharemos de forma construtiva com reguladores e acionistas para oferecer uma oferta pública”, disse Sonnenshein à CNBC.
Sonnenshein não divulgou detalhes da potencial oferta, mas, em uma carta aos acionistas em dezembro, a Grayscale observou que uma opção é oferecer publicamente até 20% das ações em circulação do GBTC.
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O pedido da Grayscale para converter o GBTC em um ETF foi rejeitado pela SEC em junho. A Grayscale logo em seguida entrou com uma ação contra a SEC, argumentando que a lógica da agência para negar o pedido era “falha” e “aplicada de forma inconsistente”.
A Grayscale é de propriedade do Digital Currency Group (DCG), que também é dono do CoinDesk e da Genesis, que pediu recuperação judicial nos EUA na última sexta-feira. Entre analistas, especula-se que um agravamento da crise no DCG poderia obrigar a empresa a dissolver os fundos da Grayscale, forçando o despejo de mais de US$ 14 bilhões em Bitcoin, a preços de hoje.