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O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem reunião marcada para as 14 horas desta terça-feira com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informa a agenda oficial do chefe do Executivo. O encontro, no gabinete presidencial no Palácio do Planalto, vem no momento em que o governo avalia novos nomes para a presidência da Petrobras (PETR3;PETR4) e a presidência do conselho da estatal.
Os indicados do Palácio do Planalto para as funções, Adriano Pires e Rodolfo Landim, respectivamente, declinaram do convite e abriram uma crise na sucessão da companhia.
Bolsonaro e Albuquerque já estiveram juntos na segunda-feira no Rio de Janeiro, quando Pires avisou o governo de que havia desistido de ser o novo presidente da Petrobras após a empresa identificar conflitos de interesse entre o comando da estatal e a consultoria do economista na área de petróleo e gás.
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Já Landim disse ter recuado da ideia de chefiar o conselho para se dedicar à presidência do Flamengo, cargo que pretendia acumular com a estatal.
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O governo corre contra o tempo e tem prazo para indicar nomes para os cargos: a próxima quarta-feira, dia 13 de abril, data da Assembleia Geral Ordinária da empresa que tratará do assunto. É neste momento que são votadas as indicações da União, acionista majoritária, depois da avaliação das aptidões e eventuais restrições para os cargos. Por ser controlador da Petrobras, o governo tem votos suficientes para emplacar suas indicações.
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Um dos nomes cotados para assumir a presidência da Petrobras é o do secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, como revelou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Ele é próximo ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho ‘Zero Um’ do presidente.
“Acreditamos que quaisquer nomes de CEOs vinculados ao Ministério da Economia ou vindos da Petrobras seriam
bem recebidos pelo mercado. Desde que os nomes sejam técnicos, com ligações políticas mínimas, acreditamos
que o ruído deve ser mínimo”, avalia o Bradesco BBI.
Já a Levante Ideias de Investimentos aponta que a incerteza em relação aos nomes que comandarão a companhia nos próximos anos tende a aumentar a volatilidade das ações da estatal.
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A consultoria de risco político Eurasia ressalta que, com os preços do Brent mais próximos de US$ 100 e um real valorizado, haverá menos pressão sobre a empresa para aumentar os preços dos combustíveis no curto prazo.
No entanto, o governo pode continuar buscando substitutos que possam ajudar a limitar futuros aumentos de preços, se necessário, estendendo os limites da atual política de preços, com a assembleia de acionistas de 13 de abril oferecendo uma oportunidade para tal mudança.
Mas o principal indicador a ser observado no próximo mês é o fornecimento de diesel. “O Brasil importa quase um quarto de todo o diesel, principalmente dos Estados Unidos, com o diesel importado representando cerca de 50% do mercado do nordeste do país. Os riscos de escassez de diesel aumentam com a maior demanda europeia por combustível devido à diminuição do comércio com a Rússia, afetando o abastecimento brasileiro e causando interrupções logísticas”, avaliam os analistas da consultoria.
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(com Estadão Conteúdo)
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