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A definição da técnica é um dos passos fundamentais para o trader operar no mercado financeiro com segurança. Mas qual escolher? A dúvida foi destaque do painel “Fluxo, gráfico, Price Action, Wyckoff: as diferentes escolas do trade”, dentro da última edição da Expert XP 2024.
Participaram da discussão Renan Rossa, analista e influencer da XP, Gilberto Coelho, o Giba, analista da XP, Renato Bertani, analista da Clear, e Aliakyn Pereira, também da Clear e sócio da XP, que mediou o debate.
Aliakyn Pereira, por exemplo, explica que análise de fluxo se embasa apenas no fluxo de dinheiro, de ordens, da ponta compradora e na ponta vendedora, diferentemente da análise gráfica, que se leva em consideração candlestick (representação gráfica de preço de ativo).
“Às vezes a gente quer análise gráfica, mas pode ser análise de fluxo. Alguns querem análise de fluxo, mas talvez vai ser análise gráfica. Dentro de cada uma dessas escolas a gente vai encontrar estratégias e ajustes operacionais diferentes, que precisam vestir como uma luva para gente”, argumenta. Ele destaca ainda que, na análise gráfica, existe um “horizonte gigantesco” de métodos.
Lógica da probabilidade
Giba, que começou com análise técnica em 1989, afirmou que se aprofundou em 2009 com análise técnica, principalmente em Fibonacci, com seus padrões de projeção. Ele ressalta a importância da lógica da probabilidade para previsão de preços de ativos.
“Stop (parada) tem que ser curto, pois se perder, perde pouco, e se for para ganhar, ganha-se muito”, diz. Ele ressalta a importância de sempre fazer gestão de risco calculada para abrir a possibilidade de fazer novo trade. “O primeiro caminho para ganhos é perder pouco”, afirma.
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Renato Bertani lembra que, no começo, estudou bastante psicologia do trader. Sobre a análise técnica, afirma que migrou para o Price Action e, mais à frente, foi para fluxo, pois queria entender melhor como o mercado se movia.
Técnica e personalidade
“Técnica tem que ser encaixar com cada personalidade. “O mercado é um lugar muito caro para se conhecer”, afirma Bertani. “E não adianta fazer o que outros fazem. Tem que buscar o que é melhor para o seu perfil”, acrescenta.
Ele diz que as pessoas criticam determinada análise técnica, mas muitas vezes tem mais a ver com o perfil. Sobre fluxo, reconhece ser muito funcional, mas “muito cansativo”. Já o Wyckoff, Bertani aponta como vantagem no trade o fato de enxergar causas e consequências na operação.
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“É preciso entender como se comportar no mercado, e não ‘pular de galho em galho’. Não dá para buscar tudo”, afirma. “Conheça seu perfil e insista (na técnica). É importante sempre fazer o melhor a cada dia”, destaca.
Importância do perfil
Para Bertani, “não fomos treinados para perder dinheiro” e isso influencia no trade. “É bom ter várias estratégias para cada tipo de mercado, desde que faça sentido para o perfil, diz. “E foque no trading de longo prazo”, acrescenta.
Rossa conta que numa fase do trade tentou ler fluxo, “mas eu era muito mais produtivo no gráfico”. “É uma questão de perfil”, diz. Para ele, é necessário se sentir bem com a sua técnica. “Se é melhor o Price Action, faça”, ressalta.
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“Não existe maior importância entre técnica, emocional e gerenciamento (de risco). Eles devem andar juntos”, diz. Para o trader, antes de fazer qualquer coisa, o importante é encontrar o embasamento da metodologia que vai utilizar. Rossa afirma ainda que o Price Action tem a vantagem de “preparar para operar todos os tipos de mercado.”
Automação é o futuro
Também na programação da Arena Trader na Expert XP 2024, aconteceu o painel “Profit Ultra + Automação: como a tecnologia está transformando o futuro dos traders”. Os painelistas foram Layonel Pinheiro e José Becker, ambos da Nelogica, além de Danilo Leandro, do Clube do Robô Trader.
Layonel Pinheiro cita a evolução as plataformas de operação no mercado financeiro, que possibilita ver os dados dos ativos em tempo real em uma tela de computador. O especialista aponta que entre as funções, o simulador é um dos destaques, pois permite aos traders treinar suas estratégias sem perder dinheiro, com um espaço para praticar e fazer testes.
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O replay de mercado é também apontado por Layonel Pinheiro como ferramenta de grande impacto. Segundo ainda ele, as possibilidades da plataforma aumentam muito a parte educacional.
Sobre o Profit Ultra, José Becker crê que ele tende a fechar o gap de conhecimento na plataforma. “Ele possui vários algoritmos que otimizam os investidores, com ferramentas de precisão, que ajudam muito o trader no tempo e na tomada de decisões”, destaca.
Danilo Leandro vê a otimização dos backtests (teste realizado com dados históricos) como importantes ao trader. Segundo o especialista, isso cria mais possibilidades à automação, tendo os robôs sob melhor controle, podendo ser desligado em dias de notícias relevantes e impacto no mercado.
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