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Durante o Morning call da XP, nesta quinta-feira (3), Paulo Gama, analista político da XP, avaliou as reações do governo com relação à elevação da nota de crédito feita pela agência de classificação de risco Moody’s. “Uma, foi no caminho mais negativo para as contas públicas, e outra tenta puxar para consequências mais positivas”, comentou.
“Primeiro, (a elevação da nota) pode passar a sensação a parte do governo com trato mais expansionista (de gastos), de que está tudo bem, de que os desafios à frente são menos relevantes do que são de fato”, afirmou. “Isso pode acabar de alguma maneira sobrepondo a real necessidade de tratar dessas questões fiscais. Esse e o primeiro ponto que a gente vê como consequência”, complementou.
Por outro lado, o analista enxerga no Ministério da Fazenda um contraponto a essa tese expansionista de gastos públicos de uma parte do governo. Segundo ele, inclusive, a posição da equipe econômica tem sido até fortalecida.
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“Embora tenha uma parte do governo que vá usar a nota da Moody’s para minimizar os problemas e os desafios, a posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de tentar se contrapor a esses grupos um pouco mais expansionistas”, afirmou.
“A reação do ministro (à elevação da nota) foi tentar até focar nos desafios à frente. Não tratou só de celebrar, mas reforçar a necessidade de ajustes, da contenção de despesas como necessária à frente”, ressaltou.
Retomada do Congresso
Paulo Gama também disse que muitos assuntos deixaram de ser discutidos no Congresso por conta do período das eleições municipais. Com a realização do 1º turno neste domingo (5), ele prevê a retomada efetiva da agenda política e econômica na semana que vem em Brasília.
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“As coisas tendem a mudar com o funcionamento pleno do Congresso, ainda que se tenha segundo turno à frente em alguns lugares”, ressaltou.
Ele chamou à atenção que vai se tentar na volta plena do Congresso de uma resolução que impacta bastante a política. Trata-se das emendas parlamentares.
“Parte delas foi suspensa por decisão do STF. Desde então, no início do semestre, a gente não viu nenhum tipo de resolução para essa questão. Tende a ser o primeiro assunto no retorno do Legislativo”, disse.
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Sobre as pautas do Ministério da Fazenda, o analista destaca que há medidas de aumento de receitas para serem aprovadas, objetivando o déficit zero no ano que vem.
“O Orçamento foi enviado em agosto (ao Congresso), com uma série de medidas que vão precisar ser discutidas com o Ministério da Fazenda, justamente para obter as receitas suficientes para 2025”, afirmou.
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