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Desde outubro do ano passado não se via tanto pessimismo com os resultados do setor de varejo. É o que aponta uma pesquisa de consenso com investidores institucionais sobre suas expectativas para os resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) do setor.
Laryssa Sumer, analista de varejo da XP, que participou nesta quinta-feira (10) do Morning Call da XP, disse que houve 60 respondentes na pesquisa. “Do lado negativo, vemos o varejo alimentar tomando conta ali”, afirmou.
Segmento de alimentos
Segundo ela, os investidores acreditam que o Assaí (ASAI3), com 76% das respostas, e o Carrefour (CRFB3), com 53%, serão os destaques negativos no 3T24.
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Pelo lado positivo, a pesquisa aponta a Vivara (VIVA3), que teve 71% dos respondentes votando nela como nome de destaque no 3T24, seguida pela Renner (LREN3), com 66%. “Essas duas ações estão no radar com potenciais destaques positivos da temporada”, acrescentou.
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No acumulado no ano, houve alta de 5,1%, enquanto no acumulado nos últimos 12 meses a evolução ficou em 4,0%; média móvel trimestral ficou negativa em -0,2%
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Na comparação trimestral, apenas dois dos oito setores apurados pela empresa mostraram desempenho positivo nos meses de julho a setembro: combustíveis e lubrificantes e tecidos, vestuário e calçados
Sobre o posicionamento dos investidores institucionais no setor de varejo, ele está no nível mais baixo desde outubro de 2023 (37%), de acordo com a pesquisa. Além disso, cerca de 40% também reduziram recentemente sua exposição no setor.
“A gente viu um sentimento bastante deteriorado”, comentou. A XP acredita que esse quadro se deve às preocupações em relação ao cenário macroeconômico e à taxa de juros, que são vistos como os principais fatores que impedem o aumento da exposição ao setor.
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Principais riscos
“Tentando entender onde ocorreu essa redução de exposição, tivemos a surpresa de que todos os subsetores foram afetados de alguma forma”, relatou ela.
De acordo com a analista de varejo da XP, o único segmento que se manteve em um patamar semelhante ao da última pesquisa, realizada em julho deste ano, foi o de vestuário para baixa e média renda, principalmente puxado pelas Lojas Renner.
“Há uma expectativa bem alta em relação ao resultado trimestral da Renner”, afirmou.
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Quando questionados sobre os principais riscos em relação ao setor de varejo, os respondentes apontaram as taxas de juros mais altas (53%), seguidas por revisões de lucros (51%); enquanto a execução das empresas (37%), novas discussões tributárias (25%) e alavancagem (22%) também foram classificadas como riscos a serem monitorados.