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SÃO PAULO – Esta quinta-feira (27) marca o último dia para que os analistas e demais profissionais de investimento votem para a escolha da presidência da Apimec (Associação Brasileira dos Analistas e dos Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais). Após onze dias de votação – entre os dias 17 e 27 – nesta próxima sexta-feira (28), às 12h (horário de Brasília), será conhecido o novo presidente da associação. A votação se encerra hoje, à meia-noite.
E há duas alternativas para a Associação: a chapa União ou a chapa Governança. O candidato da situação é Reginaldo Ferreira Alexandre, que tem como vice David Rodolpho Navegantes pela chapa União. Na oposição, está o sócio-responsável pela área societária e de mercado de capitais do escritório Fernandes Figueiredo Advogados, Francisco Petros, com Marcos Oscar Tisser como candidato a vice na chapa Governança.
Francisco Petros, candidato da oposição, atua no mercado de capitais há cerca de trinta anos, é advogado especialista na área societária e de mercado de capitais e é também economista, tendo dirigido diversas instituições brasileiras e estrangeiras nas áreas de corporate finance, análise de investimento e administração de recursos.
A Apimec tem mais de 40 anos de existência e sempre foi uma das associações mais atuantes no mercado de capitais. Além disso, é entidade responsável pela autorregulação dos analistas do mercado de valores mobiliários, regulada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para a votação, será adotada a cédula eletrônica única no pleito, podendo votar analistas e profissionais de investimentos associados. O regulamento pode ser conferido por este link.
Um dos apoiadores da chapa oposicionista à presidência da Apimec, o conselheiro da associação e economista Francisco D’Orto, destaca a importância do processo democrático nessas eleições da mobilização dos analistas e profissionais de mercado. D’orto destaca a necessidade de maior transparência da instituição, ainda mais no momento atual de tantas mudanças políticas e econômicas que afetam o mercado de capitais. Segundo o analista, a oposição se apresentaria como mais isenta. “É necessária a maior isenção possível por parte da Apimec”, avalia D’orto, ressaltando que ela é parte fundamental para o trabalho dos analistas e profissionais de mercado e que pode facilitar a atuação dos profissionais.
Dentre as propostas da chapa Petros-Tisser é criar uma estrutura moderna de governança corporativa, fazer uma revisão e uniformização dos estatutos sociais da Apimec Nacional e de todas as regionais, assim como adotar práticas modernas de transparência de informações e divulgação das demonstrações financeiras, na Apimec Nacional e regionais e criar um programa nacional de relacionamento com as empresas que atuam no mercado de capitais.
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Muitos dos apoiadores da oposição ainda criticam ainda o fato de Reginaldo Alexandre ser conselheiro fiscal da Petrobras (PETR3;PETR4) e não ter se mostrado atuante dentro do conselho. Outro problema teria sido a falta de um pronunciamento oficial da Apimec sobre a pressão exercida pelo governo contra manifestações de analistas que relacionaram a queda da Bolsa à reeleição de Dilma – como nos casos do Santander e da Empiricus. Procurada, a Apimec afirmou que o presidente da associação não irá se manifestar.