Eike depende do BNDES para vender porto; gestora britânica amplia fatia na Petro

Conforme destaca Folha de S. Paulo, um dos acordos para vender controle do porto de Eike era que dívidas estivessem equacionadas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana começa agitada no noticiário corporativo e, mais uma vez para as empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Após despencar na lista de bilionários da Forbes, Eike precisará contar com a “boa vontade” do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para vender o controle do porto de Açu, da LLX Logística (LLXL3), para o fundo norte-americano EIG, conforme aponta o jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, uma das condições para que o negócio seja concluído é que as dívidas de curto prazo da empresa estejam equacionadas. A LLX tem uma dívida de R$ 546,3 milhões contando os juros, com vencimento no próximo mês de setembro. A companhia informou ao jornal que está em negociações avançadas, mas não comentou os detalhes do acordo com a empresa norte-americana. 

A companhia também deve R$ 813,1 milhões para o Bradesco – R$ 467,7 milhões venceriam em abril, mas o banco adiou o pagamento para outubro de 2014, fazendo com que a dívida deixasse de ser de curto prazo. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, emprestou R$ 750 milhões à empresas em setembro de 2012 – mas, como se trata de uma dívida de longo prazo, não interfere no negócio com a EIG. 

Na última semana, a LLX anunciou que receberá uma capitalização de R$ 1,3 bilhão por parte do Grupo EIG, através de uma operação de aumento privado do capital social. 

Aberdeen aumenta participação na Petrobras
A Aberdeen Asset Managers Limited, gestora de fundos britânica, informou que aumentou a participação na Petrobras (PETR3;PETR4) para 5,07% do total das ações preferenciais emitidas pela companhia. 

Assim no dia 15 de agosto de 2013, ela passou a deter 15,91 milhões de papéis PETR4 e cerca de 134 milhões de ADRs (American Depositary Receipts) do capital da companhia, estes correspondentes a 268 milhões de ações preferenciais.

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Segundo informou a companhia, a compra das ações não altera o controle acionário da Petrobras nem altera a estrutura dos seus órgãos administrativos. A Aberdeen não detém quaisquer debêntures (obrigações de renda fixa) conversíveis em ações da Petrobras, nem acordo que contenha disposições sobre os direitos de voto ou a compra e venda de títulos emitidos pela Petrobras.

Vale ressaltar que, na última sexta-feira, a companhia informou que seu Conselho de Administração havia aprovado a venda de ativos que totalizavam US$ 2,1 bilhões. A petrolífera ainda confirmou potencial na área de Muriú, no litoral de Sergipe

Una Capital aumenta participação na Unicasa
A Unicasa (UCAS3) informou ao mercado em geral que recebeu correspondência da Una Capital comunicando que a soma de ações ordinárias detidas pelo conjunto de fundos e clubes geridos pela “UNA”, passaram a deter participação acionária superior a 5% das ações ordinárias de emissão da Unicasa Indústria de Móveis, administrando cerca de 3,4 milhões, correspondentes aproximadamente a 5,15% das ações de emissão da companhia.

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Cetip: Femco diminui participação 
Já a Femco, gestora norte-americana, diminuiu a participação nos papéis da Cetip (CTIP3) para 4,69% do total do capital social em 9 de agosto de 2013.

Valid conclui processo para adquirir ScreenCheck
A Valid (VLID3) concluiu o processo para aquisição da empresa norte-americana ScreenCheck North America, LLC por US$ 2,923 milhões mais ativos no valor de US$ 1,737 milhão somados a uma parcela variável, pagamento está condicionado ao atingimento de determinadas metas pactuadas no contrato de aquisição. A empresa irá operar como parte da Valid USA. 

“A presente aquisição é parte da nossa estratégia de estabelecer uma plataforma de soluções completas no mercado norteamericano,expandindo a nossa oferta de produtos e ampliando o mercado de atuação das atuais controladas nos Estados Unidos, marcando a entrada da Valid naquele mercado, também no segmento de Sistema de Identificação”, disse José Roberto Mauro, CEO (Chief Executive Officer) do grupo Valid, em comunicado ao mercado. 

Multiplan pagará proventos dia 22 
A Multiplan (MULT3) anunciou a data de pagamento dos juros sobre o capital próprio aprovados pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2013. O pagamento de R$ 45 milhões, representando R$ 0,23826806 por ação, será realizado no dia 22 de agosto, próxima quinta-feira.

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Os juros sobre o capital próprio serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício social a ser encerrado em 31 de dezembro de 2013 pelo seu valor líquido, ou seja, R$ 38.250.000,00, perfazendo o valor líquido de R$ 0,20252785 por ação. O pagamento dos juros sobre o capital próprio será com a correspondente retenção do imposto de renda na fonte, exceto para os acionistas que já sejam comprovadamente imunes ou isentos.

Será considerado, para fins de pagamento, os acionistas inscritos nos registros da Companhia em 27 de junho de 2013, pelo que as ações de emissão da Companhia passaram a ser negociadas “ex juros” desde a data de 28 de junho de 2013, informou a Multiplan.

Renar Maçãs presta esclarecimentos
A Renar Maçãs (RNAR3) prestou esclarecimentos à BM&FBovespa sobre os fatos relevantes que tratavam da redução de seu endividamento. Conforme informa a companhia, o percentual de redução do endividamento bancário total da Companhia em decorrência dos negócios informados por meio do fato relevante de 31 de julho de 2013 foi de 13,3%, conforme informado no fato relevante.

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Com efeito, o endividamento bancário total da Companhia na data-base de 22 abril de 2013 era de 87,283 milhões, portanto a redução de R$ 11,6 milhões correspondeu a um percentual de 13,3% naquela data.

A data-base em que a redução do endividamento se tornou efetiva é 30 de junho de 2013, quando foi verificado o cumprimento das condições precedentes previstas nas Cédulas de Crédito Bancário celebradas com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, por meio das quais os adquirentes de certos imóveis da Companhia assumiram a dívida decorrente de parte dos financiamentos tomados pela Companhia junto ao BRDE, o que resultou na redução de endividamento.

A companhia informou ainda que alterou a data da divulgação de seus resultados referentes ao segundo trimestre. De acordo com a Renar, as alterações se devem ao questionamento de algumas contas dos demonstrativos e do resultado do exercício encerrado em 30 de junho de 2013.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.