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Ao longo do segundo trimestre deste ano, a EcoRodovias (ECOR3) registrou forte aumento do tráfego em suas estradas, sobretudo após o início da operação e da cobrança de pedágio de concessões recentes. Entretanto isso não significa que a empresa irá buscar a qualquer custo novas concessões, por conta dos altos investimentos.
“Vamos ter muitas oportunidades à frente. O mercado vai se ajustar, outros players poderão aparecer. Vamos ser seletivos e seguramente vamos escolher os projetos que mais sejam confortáveis à nossa capacidade”, disse Marcelo Guidotti, CEO da companhia, durante teleconferência de resultados nesta terça-feira (1).
O grupo de logística focado em concessões rodoviárias divulgou números considerados positivos por analistas de mercado, com lucro líquido de R$ 123,7 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 13,1 milhões de igual período do ano passado.
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Ao final do dia, as ações da concessionária subiram 1,58%, fechando cotadas a R$ 8,34, porém oscilaram bastante durante a sessão, indo na mínima a R$ 7,91 e fechando mais perto das máximas – a R$ 8,39. Neste ano, as ações já sobem 87,41%.
“A prioridade da EcoRodovias é continuar entregando as obras previstas e gerindo suas concessões de forma eficiente para geração de Ebitda”, complementou, em falas a analistas do mercado, para comentar os resultados do segundo trimestre.
No período, segundo a operadora, houve crescimento de tráfego devido, principalmente, ao início da operação e cobrança de pedágio pela EcoRioMinas, Ecovias do Araguaia e EcoNoroeste.
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Os investimentos (Capex) no primeiro semestre somaram R$ 2,820 bilhões, sendo R$ 1,535 bilhão (19,3% a mais em relação ao mesmo período do ano passado) em obras, em especial na EcoRioMinas.
Além disso, foram gastos R$ 1,285 bilhão com outorga para a EcoNoroeste.
Resultados ECOR3: Recuo de preço de obra
Em meio aos gastos elevados de Capex, que devem continuar – já que os contratos de concessão recentes preveem os investimentos maiores nos primeiros anos de operação –, Guidotti aproveitou a ocasião para destacar o recuo no preço de insumos e materiais para o setor.
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“Estamos experimentado momento de deflação. O preço do asfalto se reduziu mais de 13%, diesel mais de 20%, e o índice das obras (INCC – Índice Nacional de Custo de Construção) está praticamente estável”, afirma. “Isso permite manter o capex dentro do estimado”, destaca.
No entanto, o CEO ressalta que é “prematuro” dizer que haverá “grandes savings (economias nas compras)”. “O que nos deixa mais tranquilos, tanto do ponto de vista da inflação quanto dos preços, são as execuções dentro do previsto”.
Em meio aos altos desembolsos, a EcoRodovias informou que a alavancagem de 3,9 vezes em junho está estável em relação a março e teve redução de 0,4 vezes na comparação com dezembro de 2022.
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EcoRodovias: Novos leilões de concessões
Ainda assim, Marcelo Guidotti disse estudar participação em leilão dos dois lotes da Rodovias Integradas do Paraná – um lote tem leilão marcado para dia 25 de agosto e o outro, em 29 de setembro.
Segundo o executivo, “são dois lotes que têm taxa de retorno inferior ao que está sendo usado por outros projetos”. Mas ele considera os dois projetos “conhecidos e muito resilientes”.
O CEO disse ainda que “é preciso avaliar os riscos alocados, a complexidade do Capex e o fato de que são rodovias que há dois anos não estão sendo recuperadas e podem trazer um custo a mais inicial, prejudicando a taxa de retorno”.
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A EcoRodovias afirma estar ainda estudando a participação no leilão. “Os novos leilões tem uma agenda que vai longe. A gente está bastante criterioso nessa análise”, disse.
Eco101
Sobre a Eco101 (BR-101 ES/BA), o CEO comentou que deve ser assinado termo aditivo até o final de agosto para dar prosseguimento ao processo de relicitação da concessão.
“Isso é o plano A da companhia. Mas em paralelo de forma bastante firme estamos debatendo com o governo e o Estado do Espírito Santo a possibilidade de repactuação do contrato para que possamos viabilizar essa concessão.”
“As duas cosias andam em paralelo e a gente estima que ao longo de 2023 temos a definição (se é relicitação ou repactuação)”, concluiu.
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