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SÃO PAULO – O noticiário desta segunda-feira é bastante movimentado, com destaque para as notícias sobre a Petrobras, além de estreia de duas ações na Bolsa e repercussão do resultado da Hypermarcas. Confira esses e outros destaques de hoje:
Estreias na bolsa
A estreia das ações da IRB Brasil Resseguros e Omega Geração na Petrobras (PETR3;PETR4)
Em comunicado na última sexta-feira, a Petrobras fez um balanço sobre a nova política de reajuste de preços de combustíveis, que completou um mês. A estatal divulgou comunicado informando que ocorreu a primeira reunião do GEMP para analisar estas mudanças. Os representantes do grupo concordaram que os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio e representam uma evolução em relação ao modelo anterior. Com isso, a Petrobras disse que, nos 18 reajustes feitos entre 30 de junho e 27 de julho, promoveu um aumento acumulado de 4,7% no diesel e um corte de 0,6% na gasolina. A companhia não incluiu na conta o aumento de 2,2% na gasolina e de 1,8% no diesel anunciados ontem. “Com estes ajustes, determinados a partir da avaliação dos integrantes do GEMP, a área de marketing e comercialização da Petrobras volta a contar com uma faixa de -7% a + 7% para operar os movimentos de preços necessários ao longo do mês de agosto”, disse a companhia. Vale destacar que, nesta segunda, a companhia elevou o preço da gasolina em 0,8% e de 1,7% no diesel, válidos para o próximo dia 1 de agosto. A Petrobras ainda iniciou a etapa de divulgação das oportunidades de desinvestimento da cessão da totalidade de seus direitos de exploração, desenvolvimento e produção em 7 conjuntos de campos em águas rasas, totalizando 30 concessões, disse a empresa, em comunicado ao mercado. Os conjuntos são localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo. A parcela da Petrobras na produção média de petróleo e gás natural desses campos, no primeiro semestre de 2017, foi de 73 mil barris de óleo equivalente por dia. A companhia ainda anunciou que emitirá R$ 5 bilhões em debêntures. Os prazos são de 5 anos para a primeira e terceira séries e de 7 anos para segunda e quarta, respectivamente. A oferta será realizada em regime misto de distribuição, dos quais R$ 4 bilhões sob regime de garantia firme de distribuição e R$ 1 bilhão sob regime de melhores esforços de distribuição. Vale (VALE3;VALE5)
Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Vale comprará a fatia da BHP Billiton na Samarco. Segundo o colunista, o negócio demorará cerca de seis meses para ser fechado, mas a decisão está tomada. Bradesco (BBDC4)
Segundo a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, a estreante Megaware arrematou R$ 1,6 bilhão em créditos podres (vencidos e inadimplentes) do Bradesco. A Ativos, do Banco do Brasil, ficou com outros R$ 2,8 bilhões. “É a segunda vez que o banco acessa esse mercado após postergar sua estreia durante anos. O Bradesco chegou a cogitar fazer esse serviço dentro de casa, mas a venda de carteiras vencidas e inadimplentes para terceiros tem melhorado a recuperação dos empréstimos vigentes”, aponta o jornal. Eletrobras (ELET6)
José Guimarães Monforte foi eleito presidente do conselho de administração após Elena Landau apresentar renúncia ao seu mandato de conselheira e presidente do conselho, por motivos pessoais, disse a Eletrobras, em comunicado divulgado ao mercado. Estácio (ESTC3)
Segundo informações do Valor Econômico, a gestora americana de private equity Advent e o empresário Chaim Zaher estão se articulando para adquirir o controle da Estácio. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a Advent já possui quase 5% da Estácio e o objetivo é ter entre 15% e 18%. Na última sexta-feira, o fundo americano adquiriu na bolsa 7 milhões de ações e, antes disso, nos últimos dias, já havia comprado, também no mercado, cerca de 8 milhões de ações em operações isoladas. Por causa da Advent, os papéis da Estácio encerraram o pregão de sexta-feira em alta de 15% e giro financeiro de cerca de R$ 400 milhõe (18 vezes mais do que o negociado no dia anterior). Hypermarcas (HYPE3)
A Hypermarcas divulgou na noite da última sexta-feira seus números do segundo trimestre, com um aumento de 10,5% no lucro líquido na base de comparação anual, para R$ 194,6 milhões. Ao considerar o lucro líquido apenas das operações continuadas, o resultado foi de R$ 238,6 milhões, 35,5% maior na comparação com abril e junho de 2016. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) relativo a operações continuadas teve alta de 4,6%, para R$ 318,9 milhões. A companhia ainda apontou ter encerrado uma reestruturação organizacional após a venda de seu negócio de produtos descartáveis, apontou ainda um crescimento na demanda dos segmentos de “saúde do consumidor” (focada principalmente no negócio de medicamentos isentos de prescrição) e “prescrição de marca” (focada em medicamentos prescritos pela comunidade médica), que registraram um crescimento médio de 15,8%, ante média do mercado de 8,7%. De acordo com o BTG Pactual, a companhia registrou resultados resilientes no segundo trimestre, beneficiando-se de menores custos de vendas e marketing no período, enquanto a receita e as margens foram impactadas pelo menor reajuste nos medicamentos concedido pelo governo este ano. Os analistas do banco seguem com recomendação de compra para os ativos, mas afirmam que não há um catalisador para o papel no curto prazo. JBS (JBSS3)
A um mês do prazo estipulado para entregar à PGR evidências comprobatórias das delações feitas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, um conjunto de documentos mostram que a empresa destinou R$ 1,1 bilhão em propinas a políticos ou empresas indicadas por políticos entre 2006 e 2017, afirma a revista Época. Segundo a reportagem, R$ 301 mil ocorreram em dinheiro vivo e R$ 395 mil por meio de empresas indicadas por políticos, além de R$ 427,4 milhões em doações oficiais. Ainda sobre o grupo J&F, a coluna de Lauro Jardim aponta que a venda da Vigor para a mexicana Lala está quase fechada e, salvo mudança de última hora, sairá por R$ 5,8 bilhões. Players de combustíveis
Destaque para uma notícia positiva para Cosan (CSAN3) e São Martinho (SMTO3). O governo usou novo decreto para corrigir PIS/COFINS de etanol e basicamente reduziu a alíquota em R$ 0,08 por litro. Segundo o BTG Pactual, isso torna os eventos da semana passada ainda melhores em termos de competitividade de etanol na bomba e a expectativa é de que haja um aumento do etanol em cerca de 14% na usina. “Além disso, com o etanol e o açúcar ambos negociando relativamente perto da paridade, esperamos que os preços do açúcar também se ajustem”, apontam os analistas. Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema, em conjunto com seus principais credores, formalizou o terceiro aditamento ao acordo de standstill assinado em abril, “de forma que seus efeitos vigorarão até 20 de agosto de 2017”, segundo comunicado. Nesse período, “os credores anuentes comprometem-se a não tomar medidas relacionadas a cobrança de seus créditos, inclusive abstendo-se de vencer antecipadamente obrigações de pagamento de principal ou juros, executar garantias, ou fazer apontamentos voluntários nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito em decorrência dos instrumentos financeiros e/ou de dívida bancárias elencados no acordo de Standstill”. OGpar (OGXP3)
A OGPar, ex-OGX, informou que os acordos relacionados ao afretamento do FPSO para o desenvolvimento do Campo de Atlanta, divulgados em 21 de julho, entraram em vigor nesta sexta-feira após a conclusão de determinados procedimentos pós-assinaturas acordados contratualmente, segundo comunicado. “Dentre tais procedimentos, está a amortização parcial em, aproximadamente, US$ 14 milhões dos cash calls emitidos em moeda nacional corrente, devidos pela OGX à QGEP Participações e à Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás. A referida amortização se deu por meio da liberação de recursos anteriormente depositados como garantia à Teekay, em decorrência do afretamento do FPSO Petrojarl I”, informou a companhia. (Com Bloomberg e Agência Estado)
B3 será nesta segunda-feira. IRB teve preço no IPO fixado a R$
27,24, abaixo do guidance. A oferta do IRB rendeu R$ 100,9 mi a BB
e R$ 129 mi ao Bradesco. Itaú disse que controladas levantarão
R$ 280,5 mi com venda de ações IRB. Já as ofertas primária e
secundária da Omega movimentaram R$ 731,1 mi no IPO, após preço
de emissão em R$ 15,60 por ação, abaixo do piso da faixa de preço
sugerida em IPO, entre R$ 17 e R$ 22.