Dow Jones e S&P 500 caem, mas têm melhor agosto em mais de 30 anos; Nasdaq sobe com Apple e Tesla

Analistas esperam que mercado comece a realizar lucros, mas anúncios do Fed ajudam a sustentar altas nas bolsas americanas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os índices americanos fecharam com movimentos mistos nesta segunda-feira (31), com o S&P 500 e o Dow Jones encerrando seus melhores meses de agosto desde os anos 1980.

O S&P 500 fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,22%, aos 3.500 pontos, enquanto o Dow caiu 0,78%, para 28.430 pontos. Já o Nasdaq Composite teve ganhos de 0,68%, a 11.775 pontos.

As quedas nas ações dos bancos pressionaram o Dow e o S&P 500, com JPMorgan, Citigroup, Bank of America e Wells Fargo caindo mais de 1% seguindo os rendimentos do Tesouro mais baixos. Os yields caíram depois que o vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, disse que as taxas não vão subir só porque o desemprego está caindo.

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Já o Nasdaq, foi , sustentado pelas fortes altas de Tesla e Apple, de 12,56% e 3,36%, respectivamente. Nesta segunda, os papéis da Apple tiveram um desdobramento de um para quatro, enquanto os da Tesla foram desdobrados na proporção de um para cinco. Na última sexta, os ativos fecharam negociados a US$ 2.213,40 e R$ 499,23, respectivamente.

Com esse “split”, na teoria, é possível comprar os papéis sem a necessidade de desembolsar um valor tão alto para comprar uma única ação, tornando o investimento mais acessível, o que ajuda a explicar a forte alta de hoje.

No mês, o S&P 500 subiu 7%, registrando seu melhor desempenho para o oitavo mês do ano desde 1986. Já o Dow subiu 7,6% em agosto, sua melhor marca para este mês em 36 anos.

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Os ganhos recentes levaram o S&P 500 de volta para sua máxima histórica, confirmando um novo bull market após o fundo atingido em 23 de março por conta da pandemia do coronavírus. Desde então, o Dow e o S&P 500 subiram cerca de 55% e 60%, respectivamente.

“Esperávamos que o mercado consolidasse seus ganhos desde 23 de março, levando a uma possível realização”, disse Ed Yardeni, presidente e estrategista-chefe de investimentos da Yardeni Research, em nota. “No entanto, os funcionários do Fed continuam a aumentar os preços das ações, comprometendo-se a manter as taxas de juros próximas de zero por um longo tempo […] Consequentemente, eles estão alimentando o derretimento dos preços das ações.”

Em março, o Federal Reserve reduziu as taxas de juros para próximas zero e lançou um programa de compra de ativos em aberto para apoiar a economia durante a pandemia. Na semana passada, o banco central dos EUA ainda estabeleceu uma estrutura de política de inflação que ajuda a manter os juros mais baixos por mais tempo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.