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Bloomberg — A LVMH levou quase um ano e meio para recuperar seu lugar como a empresa mais valiosa da Europa, superando a Novo Nordisk. A LVMH é uma empresa global que possui várias marcas de luxo, como a Louis Vuitton, a Dior, a Tiffany & Co, a Sephora, a Fendi e a Givenchy.
As ações da farmacêutica dinamarquesa caíram mais de 4% na sexta-feira (17), depois que seus best-sellers Ozempic e Wegovy se tornaram alvo da legislação dos Estados Unidos, o que deu à Novo Nordisk uma capitalização de mercado equivalente a cerca de US$ 355 bilhões.
A ação da LVMH, maior grupo de luxo do mundo, caiu 0,3%, nesta sexta, para um valor de mercado de US$ 357 bilhões, superior ao da Novo pela primeira vez desde setembro de 2023.
As ações da LVMH caíram 13% no ano passado, com o setor em dificuldades, em grande parte porque os consumidores na China, seu principal mercado, reduziram seus gastos.
No entanto os sinais de crescimento reforçaram o sentimento dos investidores, com novos dados de lucros de seus pares Richemont e Brunello Cucinelli acima das expectativas.
“A demanda de luxo passou por um de seus piores anos na última década, no entanto, as tendências estão melhorando progressivamente em relação às baixas do terceiro trimestre”, disse Ashley Wallace, do Bank of America, em uma nota recente, na qual a analista elevou sua recomendação sobre a LVMH para compra.
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Uma cesta de ações montada pelo Goldman Sachs que acompanha o setor de luxo se recuperou em mais de 20% desde meados de novembro, já que as medidas de estímulo da China aumentam as esperanças de que a segunda maior economia do mundo possa recuperar o ímpeto.
Além disso, a preferência do presidente eleito Donald Trump por impostos mais baixos e regulamentações mais flexíveis também pode impulsionar a demanda por produtos de luxo nos EUA.
“Depois de um 2024 desafiador, acreditamos que o setor de luxo deve se beneficiar de uma pequena recuperação em 2025 e que a LVMH, como representante do setor, está bem posicionada”, disse Carole Madjo, analista do Barclays Os analistas também se tornam mais otimistas em relação a certos nomes.
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A TD Cowen elevou a recomendação para a ação da Richemont antes da divulgação de seu resultado, a Stifel recentemente elevou a Hermès para compra, com base no poder de precificação do fabricante da bolsa Birkin, e, no mês passado, o UBS também elevou vários nomes.
As ações da Novo Nordisk, por sua vez, caíram mais de 40% desde que atingiram um recorde de alta em junho do passado. Os papéis foram prejudicados por preocupações com o fornecimento e o preço dos medicamentos, além do aumento da concorrência em remédios para obesidade e diabetes.
Os resultados considerados decepcionantes dos testes de seu medicamento experimental CagriSema provocaram uma queda nas ações da Novo em dezembro: houve perda de mais de 20% em um dia.
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No entanto os olhos estarão voltados à próxima safra de resultados, especialmente em qualquer comentário sobre a demanda nas principais regiões, bem como sobre se o estímulo da China teve algum impacto. A LVMH deve divulgar os resultados do ano inteiro em 28 de janeiro.
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