Publicidade
SÃO PAULO – O dólar comercial segue os trabalhos desta segunda-feira (10) em forte queda de 1,33%, cotado a R$1,747 na venda, caminhando assim para o seu quinto fechamento consecutivo. A significativa melhora do humor no mercado internacional contribui para a recente desvalorização da moeda nos últimos dias.
No Europa, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy negaram diferenças no plano de recapitalização dos bancos. Eles afirmaram que, até o final deste mês, formularão um plano de combate à crise, o qual será apresentado junto à cúpula do G-20 no início de novembro.
Além disso, a Bélgica comprou o braço belga do banco Dexia € 4 bilhões prometendo, em conjunto com a França e com Luxemburgo, implantar um mecanismo para garantir até € 90 bilhões em financiamento por dez anos, amenizando os riscos de falência da instituição.
“A questão do euro passa rigorosamente por sua ‘reorganização’ a partir dos comprometimentos efetivos dos integrantes com princípios de política fiscal, envolvendo intervencionismo do Banco Central Europeu no monitoramento. Esta é uma questão de solução de médio/longo prazo, pois implica em impor dura disciplina para os países integrantes do sistema do euro”, explica Sindei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio.
Para ele, o dólar continuará se depreciando, podendo aproximar-se de R$ 1,70. “Este será o movimento pendular que viabilizará um corte mais incisivo da taxa Selic, visto que já reconduz o preço da moeda norte-americana à condição de contributiva para a contenção da inflação”, explica Nheme.
Indicadores
Na agenda desta segunda-feira, os indicadores domésticos tomam a cena. O Banco Central divulgou o Relatório Focus que, olhando para 2012, projeta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para 5,59% ante 5,53% projetado na semana anterior. Além disso, a balança comercial registrou superávit de US$ 572 milhões na primeira semana de outubro, ampliando o saldo positivo acumulado em 2011 para US$ 23,6 bilhões.
Continua depois da publicidade
Ainda por aqui, atenção aos índices de inflação. A FGV (Fundação Getulio Vargas) mostrou que o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) referente à primeira quadrisssemana de outubro que marcou 0,50% de inflação. A Fundação ainda anunciou a primeira prévia de outubro do IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), que ficou em 0,45%.