Dólar desacelera alta após dados de inflação dos EUA em linha com o esperado

Segundo participantes do mercado, a leitura do PCE em linha com as expectativas não deve levar a adiamentos ainda maiores nas apostas para o início do afrouxamento monetário do Federal Reserve, atualmente concentradas em junho

Reuters

Dólar e Real (Foto: Getty Images)
Dólar e Real (Foto: Getty Images)

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SÃO PAULO (Reuters) – O dólar subia em ritmo instável frente ao real nesta quinta-feira, mais ainda assim perdeu fôlego frente às máximas do dia após dados de inflação dos Estados Unidos amplamente em linha com o esperado.

Dados desta manhã mostraram que o índice de preços PCE subiu 0,3% no mês passado, ante ganho de 0,1% no final do ano passado, enquanto nos 12 meses até janeiro avançou 2,4%. Ambas as leituras ficaram em linha com a expectativa de economistas consultados pela Reuters.

“Já se antecipava que o índice PCE viria mais forte, viria mais aquecido esse mês, após uma sequência de dados econômicos aquecidos como geração de emprego, índice de preço ao consumidor e ao produtor, portanto não afeta tanto as expectativas dos agentes em relação ao futuro”, disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.

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“De toda forma, o contexto que se desenha, particularmente para o mês de janeiro, é de uma economia americana mais aquecida… o que deve contribuir para um comportamento de cautela do Federal Reserve na condução da sua política monetária.”

Por volta de 11h23 (de Brasília), o dólar à vista ganhava 0,28%, a 4,9852 reais na venda, depois de mais cedo ter chegado a subir 0,57%, a 4,9997 reais, antes da divulgação dos dados de inflação norte-americana.

Segundo participantes do mercado, a leitura do PCE em linha com as expectativas não deve levar a adiamentos ainda maiores nas apostas para o início do afrouxamento monetário do Federal Reserve, atualmente concentradas em junho.

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Quanto mais altos os juros em determinado país, mais atraente fica a rentabilidade de seu mercado de renda fixa, o que beneficia sua moeda. No caso dos EUA, o dólar fica ainda mais interessante pelo fato de ser considerado seguro em momentos de turbulência econômica ou geopolítica.

Segundo participantes do mercado, ficava no radar nesta quinta-feira a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em São Paulo.

Em discurso durante a sessão desta quinta-feira, Haddad afirmou que o Brasil buscará construir uma declaração do grupo sobre tributação internacional até a reunião ministerial do grupo agendada para julho, no Rio de Janeiro.

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Na quarta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9712 reais na venda, em alta de 0,77%.