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O dólar hoje fechou com alta, no maior patamar em quase seis meses, dando continuidade ao movimento de valorização frente ao real registrado nas últimas sessões, diante do pessimismo global com a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Se não bastasse a deterioração do cenário de aversão ao risco por conta da expectativa, cada vez mais presente, de corte dos juros nos EUA apenas no segundo semestre, agora conflitos geopolíticos levaram investidores globais ao dólar.
As bolsas já cambaleavam desde a divulgação, na quarta-feira, do índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que minou as expectativas de afrouxamento monetário na maior economia do mundo neste semestre.
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Não só o real, mas outras moedas perderam valor frente ao dólar nesta semana.
Qual a cotação do dólar hoje?
Assim, o moeda americana fechou cotada, nesta sexta-feira (12), a R$ 5,121 na compra e na venda, após tocar nos R$ 5,148, no pior momento do pregão. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,54%, às 17h30, aos 5.130,00 pontos, tendo indo, na máxima, aos 5.157 pontos. O DXY, índice global do dólar, subiu 0,70%, a 106,01.
Dólar comercial
- Venda: R$ 5,121
- Compra: R$ 5,121
- Máxima: R$ 5,148
- Mínima: R$ 5,107
Dólar turismo
- Venda: R$ 5,338
- Compra: R$ 5,158
Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual a importância dessa moeda
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O que está acontecendo com dólar?
O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira, registrando forte valorização semanal, em linha com o exterior e no maior patamar em cerca de seis meses depois que dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos minaram apostas de que o afrouxamento monetário do Federal Reserve poderia começar neste semestre.
Embora tenha se afastado do pico do dia, quando subiu mais de 1%, a 5,14 reais, o dólar ainda marcou seu maior patamar de encerramento desde 9 de outubro de 2023 (5,1315).
Frente à sexta-feira da semana passada, o dólar ganhou 1,11%, terceiro ganho semanal consecutivo e o mais intenso desde janeiro deste ano.
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“A inflação americana, que por sinal chegou acima do esperado, acabou levando a um forte movimento de aversão a risco global, desencadeando uma grande pressão sobre a moeda americana, fazendo disparar”, disse Márcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX.
Dados de quarta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor dos EUA aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro. Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 3,4% na base anual.
Nem mesmo um relatório separado, mostrando que o índice de preços ao produtor dos EUA subiu menos do que o esperado em março, conseguiu aplacar o pessimismo do mercado, que não vê mais chances relevantes de um primeiro corte de juros pelo Fed neste semestre.
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Juro americano puxa dólar
Quanto menos o Fed cortar os juros, melhor para o dólar, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros quando os rendimentos oferecidos pelo mercado norte-americano — já interessante por ser extremamente seguro — seguem mais altos.
“Os fundamentos externos estão se tornando mais desafiadores e agem na direção de maior pressão na moeda, com manutenção do cenário de dólar forte e adiamento dos cortes de juros nos Estados Unidos, ainda que seja parcialmente compensado por uma Selic mais alta”, disse em relatório Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.
O banco piorou suas projeções para o nível do dólar ao final deste ano e do próximo a 5 reais e 5,20 reais, respectivamente, contra 4,90 e 5,10 esperados antes.
Indicador técnico
Riauba destacou o fato de o dólar já ter se distanciado muito de sua média móvel de 200 dias –indicador técnico importante que está atualmente próximo de 4,93 reais–, o que pode explicar também sua recuperação recente e sinalizar uma tendência desanimadora para o real daqui para frente.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0908 reais na venda, em alta de 0,24%.
(Com Reuters)
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