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Dólar sobe a R$ 5,65 após Fomc e à espera de Copom; em julho, alta é de 1,16%

Formação da Ptax manteve a força do dólar e não permitiu a valorização do real, em linha com o movimento de emergentes no exterior

Equipe InfoMoney

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O dólar à vista fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (31), na contramão do visto no exterior, onde a moeda norte-americana cedeu ante a maior parte das divisas, em dia de decisão de manutenção das taxas nos EUA pelo Federal Reserve.

Segundo analistas, a disputa entre investidores pela formação da Ptax de fim de mês deu impulso às cotações. Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial subiu 0,66%, a R$ 5,654 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) avançava 0,93%, a 5.662 pontos.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,6197 na venda, em leve baixa de 0,10%. Ao longo de julho, a divisa acumulou alta de 1,16%.

Dólar comercial

Dólar turismo

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O que aconteceu com o dólar hoje?

Depois de fechar com ligeira perda da véspera, a divisa americana teve ganhos firmes sobre o real nesta quarta-feira (31), diante da disputa pela formação da Ptax de fim de mês e à espera das decisões de política monetária no Brasil.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista. Todo final de mês ela é calculada para servir de referência para a liquidação de contratos futuros.

O dia também foi marcado pela decisão sobre juros em outros mercados importantes, como os Estados Unidos e o Japão.

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Começou com a decisão do Banco de Japão, que aumentou seus juros pela segunda vez no ano, para 0,25% ao ano, surpreendendo boa parte dos investidores globais. Nas últimas semanas a expectativa por um aperto monetário no país já vinha pressionando as moedas de países emergentes, como o real, em meio à desmontagem de operações de carry trade feitas com a moeda japonesa.

Carry trade é quando investidores tomam ativos em locais com juros baixos para rentabilizar em outros com juros mais altos. O aumento dos juros no Japão provoca uma fuga de capitais de emergentes, para sustentar a reversão das posições no mercado japonês.

A maratona da Super Quarta continuou com o Federal Reserve às 15h (horário de Brasília) e sua decisão para as taxas das fed funds. O Fed manteve as taxas de referência na faixa de 5,25% a 5,50%, mas deixou a porta aberta para a flexibilização em setembro, como esperado pelo mercado.

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O anúncio derrubou a cotação do dólar no mercado internacionais. Quanto mais o Fed cortar os juros, pior para a cotação no exterior, já que a moeda se torna menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem. O índice dólar (DXY), que mede a força da moeda frente outras seis divisas, registrou queda de 0,45%, levando a pontuação para 104,08.

Por aqui, o Copom anuncia sua decisão a partir das 18h30 (horário de Brasília), sob a expectativa de economistas consultados pela Reuters de que a taxa Selic seja mantida no patamar de 10,50% ao ano pela segunda vez consecutiva.