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O dólar à vista fechou em alta perante o real nesta segunda-feira (30), numa sessão marcada pela disputa de fim de mês e de trimestre para a formação da Ptax e pelo avanço da moeda norte-americana no exterior.
A Ptax é uma taxa que serve de referência para a liquidação de contratos futuros de câmbio. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (alta das cotações) ou vendidas (baixa das cotações) em dólar.
Nesta segunda-feira, a disputa se tornou ainda mais importante porque a Ptax de setembro também é a taxa do trimestre, servindo de referência para balanços de empresas com operações internacionais.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em alta de 0,19%, a R$ 5,446 na compra e a R$ 5,447 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) registrava alta de 0,24%, a 5.448,10 pontos.
A divisa norte-americana acumulou queda de 3,32% no acumulado em setembro e baixa de 2,53% no terceiro trimestre do ano.
Leia também: Para onde vai o dólar em outubro?
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Dólar comercial
- Compra: R$ 5,446
- Venda: R$ 5,447
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,488
- Venda: R$ 5,668
O que aconteceu com o dólar hoje?
No início da sessão, a divisa norte-americana chegou a acumular perdas ante o real, com moedas de países emergentes ainda aproveitando o impulso fornecido pelo anúncio de medidas de estímulo pela China, maior importador de matérias-primas do planeta.
O banco central da China divulgou no domingo medidas mais abrangentes para apoiar o mercado imobiliário do país. Além disso, três grandes cidades — Guangzhou, Shenzhen e Xangai — suspenderam restrições importantes à compra de casas.
A direção da moeda brasileira, no entanto, começou a mudar a partir das 10h (horário de Brasília), sob efeito de influências internas e externas.
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No cenário doméstico, passou a pesar a disputa pela Ptax de fim de mês, com a primeira janela de cálculo movendo a cotação do dólar para cima.
“Toda vez que é fim de mês, a formação desta taxa acaba trazendo um volume mais elevado de negócios, e uma volatilidade maior também, visto que os agentes acabam tentando influenciar a sua direção”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
No exterior, a moeda norte-americana se recuperou das perdas de mais cedo, principalmente revertendo a queda ante o euro, após comentários da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que fomentaram apostas de corte de juros pelo BCE na reunião de outubro.
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Lagarde afirmou que está cada vez mais confiante de que a inflação da zona do euro retornará à meta de 2% e isso deve se refletir na decisão de outubro.
Além disso, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, afirmou que prevê mais dois cortes nas taxas de juros dos EUA este ano, totalizando 50 pontos-base, “se a economia tiver o desempenho esperado”, embora o Fed possa fazer cortes mais rápidos, se necessário, ou mais lentos.
No fim da tarde, o dólar seguia em alta firme ante moedas fortes no exterior e ante boa parte das demais divisas de emergentes ou exportadores de commodities.
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(Com Reuters)