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Dólar vai a R$ 5,76, máxima desde março de 2021, com EUA e desconforto sobre fiscal

Traders digerem dados de emprego nos EUA e de inflação no Brasil

Equipe InfoMoney

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Em mais uma sessão negativa para os ativos brasileiros, o dólar subiu quase 1% ante o real nesta terça-feira refletindo o desconforto do mercado com o cenário fiscal brasileiro e o avanço da moeda norte-americana também no exterior, em meio ao nervosismo com a disputa presidencial nos EUA.

O dólar operava com alta perante o real nas primeiras negociações, enquanto investidores se posicionavam para a divulgação de uma série de dados neste e nos próximos dias, incluindo números de emprego e de inflação no Brasil e nos Estados Unidos.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,95%, cotado a 5,7625 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 5,75%.

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Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 subia 0,91%, a 5,7645 reais na venda.

No fim da manhã o BC vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

Leia também: Dólar pode seguir se valorizando com juros altos por mais tempo nos EUA?

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Dólar comercial

Dólar turismo

O que aconteceu com dólar hoje?

A moeda norte-americana chegou a oscilar pontualmente em baixa ante o real no fim da manhã, mas as cotações se mantiveram em alta na maior parte do tempo, acompanhando o viés positivo visto também no exterior.

Por trás do movimento estava a percepção de que o Federal Reserve tende a ser mais cauteloso em seu ciclo de corte de juros, além da expectativa de que o republicano Donald Trump será o vencedor da disputa presidencial com a democrata Kamala Harris, na próxima semana.

Trump tem prometido adotar medidas consideradas inflacionárias, como o aumento das taxas de mercadorias chinesas, a redução de impostos e o bloqueio da mão de obra imigrante. Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries têm ganhado força, assim como o dólar.

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Além do exterior, a falta de medidas concretas do governo Lula para conter o déficit primário ajudava a sustentar as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) e o dólar ante o real.

Durante a tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o conjunto de medidas ainda está em análise e não há uma data para divulgação.

“O governo falou que iria anunciar (as medidas de contenção de despesas) depois do segundo turno. Mas ainda não anunciou e o mercado fica ansioso”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

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Assim, após atingir uma cotação mínima de 5,6977 reais (-0,19%) às 11h22, o dólar à vista escalou até uma máxima de 5,7683 (+1,05%) às 16h24 — já após Haddad ter falado sobre as medidas fiscais em Brasília, novamente sem apresentar ações concretas ou uma previsão de data.

No exterior, às 17h42 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — tinha variação positiva de 0,02%, a 104,280.

(Com Reuters)