Conteúdo editorial apoiado por

Dólar fecha em queda e encerra dia a R$ 5,91 com efeito de DeepSeek nos mercados

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,12%, a 5,9182 reais -- a menor cotação desde 27 de novembro do ano passado

Equipe InfoMoney

Publicidade

O dólar terminou a segunda-feira quase estável no Brasil em meio ao recuo firme dos rendimentos dos Treasuries, após a startup chinesa DeepSeek abalar o setor de inteligência artificial em todo o mundo.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial


Qual é a cotação do dólar hoje?

Participe do treinamento gratuito Manual dos Dividendos e descubra a estratégia simples e poderosa para viver de renda.

A moeda norte-americana à vista fechou em leve baixa de 0,09%, aos 5,9128 reais — a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais.

Esta foi a sexta sessão consecutiva de perdas para o dólar ante o real, apesar de a moeda norte-americana ter ensaiado pela manhã uma recuperação.

Em janeiro o dólar acumula baixa de 4,31%.

Continua depois da publicidade

Às 17h05 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,02%, aos 5,9185 reais.

Dólar comercial

Dólar turismo

Continua depois da publicidade

O que aconteceu com dólar hoje?

Os EUA e a Colômbia evitaram por pouco uma guerra comercial no domingo, depois que a Casa Branca disse que o país sul-americano concordou em aceitar aeronaves militares com imigrantes deportados.

Trump havia ameaçado impor tarifas e sanções à Colômbia para puni-la por se recusar a aceitar voos militares que transportavam deportados como parte de sua ampla repressão à imigração.

Mas em uma declaração no final do domingo, a Casa Branca disse que a Colômbia concordou em aceitar os imigrantes e que Washington não adotará as penalidades ameaçadas.

Continua depois da publicidade

O episódio, no entanto, sinalizou aos mercados a seriedade das promessas do presidente de impor tarifas para defender os interesses nacionais dos EUA, gerando ainda mais dúvidas sobre qual será a abordagem adotada por ele na política comercial.

Na semana passada, investidores especulavam que Trump poderia ser mais moderado do que o esperado anteriormente, depois que o presidente afirmou que preferia chegar a um acordo comercial com a China, seu principal alvo de ameaças, do que impor tarifas sobre o gigante asiático.

“O ‘alívio tarifário’ visto na semana passada foi bem-vindo, mas a imposição de tarifas provavelmente foi apenas postergada, e não cancelada. A ameaça à Colômbia reforça a imprevisibilidade de Trump e a ideia de que ainda é cedo para os mercados retomarem a busca definitiva por risco”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Continua depois da publicidade

Com isso, o dólar avançava sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

As moedas emergentes também enfrentavam nesta manhã um movimento de fuga de risco nos mercados globais, com investidores comprando divisas consideradas seguras, como iene e franco suíço, na esteira de notícias sobre o progresso da inteligência artificial na China.

A startup chinesa DeepSeek lançou um assistente de IA gratuito que, segundo ela, usa chips de menor custo e menos dados, aparentemente desafiando uma aposta generalizada de que a IA impulsionará a demanda ao longo de uma ampla cadeia de suprimentos, de fabricantes de chips a data centers.

A notícia fazia investidores tirarem seus recursos de mercados de ações, que obtiveram fortes ganhos em 2024 com o otimismo pela IA, e de moedas mais arriscadas e apostarem em ativos seguros.

Na cena doméstica, analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma taxa Selic mais alta ao fim do próximo ano, elevando também suas projeções para a inflação em 2025 e 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda.

O levantamento mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros agora é de 12,50% ao fim do próximo ano, de 12,25% na semana anterior. Para 2025, a projeção de 15,00% foi mantida.

A Selic está atualmente em 12,25% ao ano, após o BC acelerar o aperto no mês passado ao elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual. A autarquia também sinalizou que realizará mais dois aumentos da mesma magnitude nas duas primeiras reuniões do ano, com a próxima decisão a ser anunciada na quarta-feira.

A pesquisa mostrou ainda um aumento na projeção para a inflação neste ano e no próximo. A mediana das expectativas para o IPCA em 2025 agora é de alta de 5,50%, de 5,08% na semana anterior. Para o fim de 2026, a projeção para a inflação é de 4,22%, de 4,10% há uma semana.

(Com Reuters)