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Dólar tem leve alta, mas ainda fecha abaixo de R$ 5,50, em dia de busca por segurança

Investidores demonstram cautela enquanto aguardam uma série de dados econômicos ao longo desta semana

Equipe InfoMoney

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O dólar comercial fechou a segunda-feira em leve alta ante o real, ainda abaixo dos R$ 5,50, influenciado por um lado pelo exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco Central vá subir a taxa Selic em setembro.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou com alta de 0,24%, a R$ 5,492 na compra e R$ 5,493 na venda. O dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) avançava 0,45%, indo a 5.504 pontos.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 1,97%, cotado a R$ 5,4795, acompanhando queda generalizada da moeda norte-americana no exterior.

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O que aconteceu com o dólar hoje?

A divisa americana registra ligeira recuperação após o forte tombo da sessão anterior, quando recuou quase 2% em uma única sessão. A derrocada do dólar na sexta foi motivada pela fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que afirmou no simpósio de Jackson Hole que “chegou a hora” de cortar a taxa de juros nos Estados Unidos.

Segundo Powell, “os riscos de alta para a inflação diminuíram. E os riscos de queda para o emprego aumentaram”, de modo que é hora de ajustar a política monetária do país.

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O presidente do Fed não disse nada de novo, mas validou oficialmente algumas das coisas que os mercados estavam precificando, incluindo a ideia de um corte, mudança de foco da inflação para o mercado de trabalho.

Por outro lado, o aumento das tensões no Oriente Médio, após o Hezbollah lançar centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo, trouxe cautela para os negócios em todo o mundo — ainda que as reações mais intensas tenham sido vistas nos preços internacionais do petróleo, que tiveram altas firmes.

A busca por ativos de maior segurança, como o dólar, fez as cotações da moeda norte-americana subirem ante a maior parte das divisas de emergentes. No Brasil, após registrar a cotação mínima de R$ 5,4735 (-0,11%) às 9h34, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,5145 (+0,64%).

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No entanto, a moeda norte-americana não se sustentou acima dos R$ 5,50, retornando para perto da estabilidade.

Operador ouvido pela Reuters ponderou que a perspectiva de que o BC vá subir a taxa Selic, hoje em 10,50% ao ano, no próximo mês, ao mesmo tempo em que o Fed iniciará o processo de corte de juros, têm segurado a taxa de câmbio.

Segundo ele, como o diferencial de juros se tornará mais favorável ao Brasil, permitindo a atração de investimentos e a queda das cotações, ficou “muito caro” para os investidores montar novas posições compradas (no sentido de alta do dólar).

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O mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros) seguiu precificando nesta segunda-feira mais de 90% de probabilidade de o BC subir a Selic no mês que vem.

No exterior, em meio à busca por segurança, às 17h11 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,23%, a 100,890.

(com Reuters)