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Dólar fecha em alta e sobe 1% em semana marcada por fraqueza de moedas emergentes

Valorização do iene e queda no preço das commodities prejudicou o real ao longo dos últimos dias

Equipe InfoMoney

(Foto: Karolina Kaboompics/ Pexels)
(Foto: Karolina Kaboompics/ Pexels)

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A sessão foi de volatilidade para o dólar: a divisa norte-americana chegou a ceder mais cedo ante o real, mas no início da tarde registrou ganhos e fechou em alta de 0,18%, em linha com o movimento da semana, que foi de fraqueza das moedas emergentes.

O cenário externo, de recuperação do iene frente ao dólar e de queda no preço de commodities devido ao enfraquecimento da economia chinesa, pesou sobre moedas emergentes durante toda a semana. Ruídos políticos e desconfiança sobre as contas públicas também prejudicaram o desempenho da moeda brasileira.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em alta de 0,18%, a R$ 5,657 na compra e a R$ 5,658 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subia 0,41%, a 5.665 pontos.

Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,647 na venda, em leve baixa de 0,17%. Na semana, a divisa acumulou alta de 0,96%.

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O que aconteceu com dólar hoje?

A queda inicial do dólar pela manhã, conforme Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, foi influenciada pela alta do minério de ferro, que atraiu fluxo comercial no mercado à vista.

“No entanto, a preocupação com a situação fiscal no Brasil e a busca por proteção antes da decisão do Copom na próxima quarta-feira, que deve manter a taxa de juros, também afetaram o câmbio”, avalia o especialista.

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A semana foi marcada pela fraqueza das moedas emergentes ante a divisa americana, com o real acumulando 0,96% de perda de valor.

O iene, cuja recuperação vinha provocando fuga de capital entre países emergentes nas últimas semanas, chegou a ceder ante o dólar mais cedo, mas no início de tarde já voltava a registrar leves ganhos.

A moeda japonesa vem se beneficiando da expectativa de um aumento de juros pelo Banco do Japão na próxima semana, o que motivou a reversão de operações de “carry trade“, onde investidores assumem posições vendidas em relação ao iene e rentabilizam seus recursos em países com taxas de juros mais altas, como o Brasil.

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Dados de inflação nos Estados Unidos também estiveram no radar dos agentes de mercado. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) acelerou para 0,20% em junho ante maio, após ter se ficado em 0,10% no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento de Comércio do país. Em 12 meses, o índice desacelerou para 2,5%, de 2,6% no mês anterior.

Os resultados sustentam a tese de moderação das altas de preços observadas no segundo trimestre, o que pode dar mais confiança para o Federal Reserve de que a inflação está retornando à sua meta de 2%, permitindo o início de um ciclo de corte dos juros ainda neste ano.

Operadores mantém suas apostas de um primeiro corte de juros pelo Fed em setembro.

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“A confirmação de que a inflação está esfriando pode abrir caminho para que o Fed inicie corte de juros já agora para setembro… um impulso para as moedas emergentes que sofreram muito nessas últimas semanas”, disse Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

(com Reuters)