Dólar hoje fecha em alta após 3ª quedas consecutivas, com ajuda do exterior

Movimento altista acompanha avanço da divisa no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries

Felipe Moreira

Ilustração fotográfica de uma nota de dólar
17/07/2022
REUTERS/Dado Ruvic
Ilustração fotográfica de uma nota de dólar 17/07/2022 REUTERS/Dado Ruvic

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O dólar fechou alta nesta quarta-feira (24), revertendo parte das perdas registradas na últimas sessões, acompanhando o avanço da divisa no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries, em um dia de leilão de títulos nos EUA.

O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou com alta de 0,34%, a R$ 5,147 na compra e R$ 5,148 na venda. Às 17h45, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,23%, a 5.149 pontos.

Dólar comercial

Venda: R$ 5,148

Compra: R$ 5,147

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Máxima: R$ 5,172

Mínima: R$ 5,125

Dólar turismo

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Venda: R$ 5,364

Compra: R$ 5,184

O que está acontecendo com dólar?

O dólar operou em alta ante o real durante praticamente todo o pregão, com investidores recompondo parte das posições compradas (no sentido de alta das cotações) no mercado futuro após os recuos recentes. No exterior, a moeda dos EUA também se mantinha com ganhos ante boa parte das demais divisas.

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Após as 11h o movimento de alta do dólar se intensificou no Brasil, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries. Em meio à expectativa antes do leilão de 70 bilhões de dólares de títulos de cinco anos do Tesouro norte-americano, os yields atingiram as taxas máximas do dia pouco depois das 11h (horário de Brasília).

No mercado à vista brasileiro, o dólar saiu de uma cotação mínima de R$ 5,1247 (-0,07%) às 9h03 — no início da sessão — para uma máxima de R$ 5,1727 (+0,86%) às 11h37, em meio à alta dos yields antes do leilão de títulos.

A cotação máxima do dólar coincidiu com os picos das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), também influenciadas pelos Treasuries.

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Além da pressão altista para o dólar trazida pelo exterior, o mercado esteve atento à fala do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento em São Paulo, sobre a busca da meta de inflação de 3%.

“Do ponto de vista de diretor de Política Monetária, isto não é um tema… Meta não é para se discutir, é para se perseguir”, afirmou, reforçando que a discussão sobre a viabilidade da meta de inflação não é feita no Copom e é um “não-tema”.

Galípolo pontuou ainda que o regime de câmbio flutuante no Brasil tem absorvido as mudanças de precificação dos ativos — fenômeno que ocorre na esteira da expectativa de que o Federal Reserve promova menos cortes de juros em 2024. Segundo o diretor, o momento parece ser “predominantemente de valorização do dólar”.

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(Com Reuters)