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Dólar fecha em alta, a R$ 5,75, com falas de Haddad e projeção de dados de trabalho

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$5,7304. Na semana passada, a moeda acumulou ganho de 0,58%, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas semanais

Felipe Moreira

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 Em um dia sem gatilhos para o mercado de câmbio, o dólar oscilou em margens estreitas nesta segunda-feira e fechou pela segunda sessão consecutiva em alta ante o real, com o mercado de olho no exterior e à espera de dados econômicos previstos para o restante da semana.

Os investidores ficaram de olho em falas de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em evento da B3.

O ministro disse que “não existe um ajuste fiscal possível” se a economia não crescer e que os desafios fiscais e a necessidade de investimentos públicos não se resolvem apenas com o arcabouço fiscal.

Recentemente, os posicionamentos do presidente Lula sobre a necessidade de fazer os preços dos alimentos caírem voltaram a chamar a atenção sobre o quadro fiscal do país.

Em meio à agenda relativamente esvaziada da manhã, o mercado reagiu positivamente quando o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho antecipou, em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foram criadas mais de 100 mil vagas formais de emprego em janeiro, conforme o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged). Os números serão divulgados oficialmente na quarta-feira.

A fala de Marinho surpreendeu o mercado, que projetava abertura de 48 mil vagas no mês passado, conforme pesquisa da Reuters.

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Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,42%, aos R$5,7546. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 6,87%.

Às 17h08 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — subia 0,40%, aos R$5,7630.

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Dólar comercial

Dólar turismo

O que aconteceu com o dólar?

Pela manhã a moeda norte-americana chegou a oscilar no território negativo, com agentes aproveitando cotações mais elevadas — acima de R$5,70 — para vender divisas. Às 9h09, logo após a abertura, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$5,7078 (-0,39%).

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“No início do dia houve um fluxo (de venda de dólares) de exportador. Agora ele tenta acompanhar a valorização de algumas moedas commodities no exterior, que estavam ganhando mais cedo do dólar”, comentou no início da tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, quando as cotações estavam próximas da estabilidade no Brasil.

No restante da tarde, porém, o dólar à vista subiu gradativamente até ficar próximo do pico no fechamento. O movimento esteve em sintonia com a queda das ações na B3 e o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral negativo para os ativos brasileiros.

Operador ouvido pela Reuters pontuou que a expectativa para o restante da semana, quando serão divulgados dados importantes da economia do Brasil e dos Estados Unidos, manteve certa cautela entre os agentes, que se traduziu na busca por dólares durante a tarde.

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Na terça-feira saem dados de confiança do consumidor dos EUA e o IPCA-15 de fevereiro no Brasil — dado considerado uma espécie de prévia para o índice oficial da inflação.

Às 17h20, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,07%, a 106,610.

Pela manhã o Banco Central vendeu 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.