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O dólar passou a ceder mais de 1% e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de longo prazo aprofundaram perdas na tarde desta sexta-feira, na esteira de comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Em um vídeo publicado no Instagram, Lula afirmou que Galípolo tem sua confiança e de “toda a equipe” e que ele será o mais importante presidente do BC. Lula também afirmou que seu governo segue atento para a eventual necessidade de novas medidas na área fiscal, após as ações para proteger o arcabouço.
Ao lado de Lula no vídeo estavam Galípolo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 16h01, o dólar à vista caía 1,04%, a 6,058 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 1,17%, a 6.091 pontos.
Na quinta-feira, após cinco pregões consecutivos de alta, em que acumulou valorização de 5,2%, o dólar à vista encerrou o dia em baixa de 2,29%, cotado a 6,1243 reais, ainda o segundo maior valor nominal de fechamento da história.
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Dólar comercial
- Compra: R$ 6,089
- Venda: R$ 6,090
Dólar turismo
- Compra: R$ 6,188
- Venda: R$ 6,368
O que aconteceu com dólar hoje?
Desde quinta-feira da semana passada, a autarquia já vendeu mais de 23,75 bilhões de dólares em uma série de intervenções no câmbio, incluindo vendas à vista e leilões de linha (dólares com compromisso de recompra) em meio à forte desvalorização da moeda brasileira em decorrência de receios fiscais dos investidores.
Além das intervenções do Banco Central, a aprovação do pacote fiscal também contribui para alívio da pressão cambial.
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O mercado considera positiva a aprovação do pacote fiscal na Câmara e Senado, mas persiste a insatisfação com a desidratação das medidas e vê necessidade de mais medidas de contenção de despesas para o cumprimento do arcabouço fiscal em 2025, segundo head da mesa de operações da StoneX Banco de Câmbio, Marcio Riauba.
A apreciação do parecer da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no Congresso também ficaram para o ano de 2025, após o recesso parlamentar.
A queda do dólar é ajudada também pelo recuo externo da divisa norte-americana ante pares rivais e emergentes pares do real, e também dos juros dos Treasuries. Nos EUA, a Câmara dos Representantes rejeitou o plano que evitaria paralisação do governo americano. Investidores temem também uma postura mais dura pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com os juros no ano que vem por conta dos riscos inflacionários com as políticas de isenção de impostos, aumento de tarifas comerciais e expansão do gasto público do presidente eleito Donald Trump.
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Em relação ao pacote fiscal, após aprovar o PLP e a PEC, o Senado ainda deve votar hoje, a partir das 10 horas, o projeto de lei ordinária (PL) que limita o crescimento real do salário mínimo a 2,5% ao ano e estabelece mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Já na Câmara, após aprovação do pacote fiscal ontem, haverá hoje uma sessão deliberativa extraordinária virtual, às 11 horas.
A pauta do plenário ainda não foi divulgada. Segundo líderes, a expectativa é de que haja pautas leves e de que sejam apreciados projetos e urgências que ficaram sem exame nas últimas sessões e que foram demandados por parlamentares.
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No exterior, a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), registrou alta de apenas 0,1% em novembro na comparação mensal, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (20). Na base anual, o indicador avançou 2,4%, abaixo da estimativa de 2,5% do mercado, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano.
(Com Reuters e Estadão)