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Dólar sobe 0,38% fecha a R$ 5,462, maior valor em quase dois anos

Declaração de Lula no início da tarde contribuiu para alta

Felipe Moreira

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O dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira (20), refletindo o avanço da moeda norte-americana no exterior das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a reunião do Copom, na véspera. A divisa fechou a R$ 5,462, o maior valor desde os R$ 5,498 do dia 22 de julho de 2022.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu na véspera manter a taxa Selic em 10,50% ao ano.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista subiu 0,38%, para R$ 5,462 na compra e na venda. Na máxima, a divisa chegou a R$ 5,469. Já o contrato futuro de primeiro vencimento avançava 0,58%, aos 5.459 pontos, por volta das 17h15.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.

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Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com moeda hoje?

A moeda norte-americana virou para o positivo pouco depois das 12h, enquanto Lula dava entrevista a uma rádio do Ceará. Nela, ele voltou a questionar a autonomia do Banco Central e disse que a decisão de quarta-feira do Copom, interrompendo o ciclo de cortes da Selic, “foi uma pena” para o povo brasileiro.

O mercado abriu bem positivo, refletindo a decisão do Copom de ontem (quarta-feira), que foi unânime, e tirando um pouco do risco de alta da Selic (à frente), que vinha sendo precificado”, comentou durante a tarde Felipe Garcia, chefe da mesa de operações do C6 Bank. “Tanto é que os juros (futuros) curtos fecham mais que os longos. O câmbio foi na mesma linha, abrindo com a queda do dólar”, acrescentou.
Ao longo da manhã, no entanto, ficou claro que o alívio nas cotações seria limitado. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que a alta da moeda norte-americana no exterior e as preocupações persistentes sobre o equilíbrio fiscal brasileiro seguravam a queda do dólar.
A virada do dólar ante o real coincidiu com a desaceleração do Ibovespa, em especial entre as ações sensíveis à curva de juros brasileira, e com a redução da queda dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

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Depois de sete quedas seguidas, o Copom interrompeu, em decisão unânime, o ciclo de cortes da taxa básica de juros, iniciado em agosto do ano passado, e manteve a Selic em 10,50% ao ano. O resultado era amplamente esperado pelo mercado, em meio ao impasse do governo Lula na condução da política fiscal e ao aumento das expectativas de inflação.

No exterior, a moeda americana também se fortalece. Por volta das 17h15, o dollar index, que mede o comportamento da divisa ante uma cesta de moedas, subia 0,36%, para 105.630 pontos.

(Com informações da Reuters)