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Dólar sobe a R$ 5,72 em meio a novas ameaças de tarifas de Trump

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, a R$5,6887 -- menor cotação de fechamento desde 7 de novembro de 2024.

Felipe Moreira

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Em um dia sem notícias de impacto na área econômica, o dólar fechou a quarta-feira em alta ante o real e novamente acima dos R$5,70, acompanhando o viés positivo para a moeda norte-americana no exterior, em meio a novas ameaças de imposição de tarifas pelos EUA.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,65%, aos R$5,7258, após ter registrado na véspera a menor cotação de encerramento no ano, de R$5,6887. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 7,33%.

Às 17h04 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — subia 0,61%, aos R$5,7345.

Dólar comercial

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Dólar turismo

O que aconteceu com dólar hoje?

Na noite de terça-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que pretende impor tarifas sobre automóveis “em torno de 25%” e taxas de importações semelhantes sobre semicondutores e produtos farmacêuticos. Na sexta-feira, Trump já havia dito que as tarifas sobre automóveis seriam aplicadas em 2 de abril.

A possibilidade de acirramento da guerra comercial — vista como um fator inflacionário para os EUA, que poderia levar a juros mais altos — deu força ao dólar ante diversas divisas. No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de R$5,7334 (+0,79%) às 10h04.

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No entanto, as cotações perderam força no Brasil ao longo da manhã e chegaram a recuar no começo da tarde. Às 12h38, o dólar à vista marcou a menor cotação do pregão, de R$5,6829 (-0,10%).

Operador ouvido pela Reuters pontuou que um dos motivos para a volatilidade do dólar ante o real foi uma grande operação realizada por investidor estrangeiro no mercado futuro, comprando grande lote de moeda no início da sessão e vendendo posteriormente. Completada a operação, o dólar voltou a subir ante o real, alinhando-se novamente ao exterior.

No Brasil, alguns agentes também aproveitaram os recuos mais recentes do dólar para realizar lucros, comprando moeda, em sintonia com a realização vista nos mercados de ações e de DIs (Depósitos Interfinanceiros).

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Pela manhã, o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$2,335 bilhões em fevereiro até o dia 14, com saída de US$1,628 bilhão pela via financeira e saída de US$707 milhões pela via comercial.    

Às 17h12, o índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,17%, a 107,180.

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(Com Reuters)