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O dólar operava com alta frente ao real nas primeiras negociações desta quarta-feira (18), ampliando os ganhos da véspera, à medida que os investidores digeriam a aprovação do texto-base de uma das propostas do pacote fiscal do governo na Câmara dos Deputados, enquanto aguardam a decisão do Federal Reserve mais tarde.
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Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 13h05, o dólar à vista subia 1,48%, a R$ 6,186 na compra e R$ 6,187 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,40%, a 6,136 pontos.
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Na terça-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,10%, cotado a R$ 6,0982 – novo maior valor nominal de fechamento da história.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.
Dólar comercial
- Compra: R$ 6,177
- Venda: R$ 6,178
Dólar turismo
- Compra: R$ 6,151
- Venda: R$ 6,331
O que aconteceu com dólar hoje?
O foco dos investidores segue sobre a tramitação das medidas de contenção de gastos no governo, em meio a preocupações de que o pacote possa não ser votado até o fim do ano ou que as propostas sejam desidratadas. A previsão é que os parlamentares entrarão em recesso na sexta-feira.
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A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira o texto-base do projeto que impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários no caso de déficit primário — o Projeto de Lei Complementar 210, que faz parte do pacote fiscal.
Segundo o presidente da Casa, Arthur Lira, os outros dois textos que compõem o pacote do governo — um projeto de lei e um projeto de emenda à Constituição — devem ser analisados pelo plenário nesta quarta-feira.
No entanto, as notícias positivas não pareciam suficientes para impedir a alta do dólar nesta sessão. De acordo com Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o mercado deve acalmar quando todas as propostas do governo forem aprovadas nesta semana.
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“A ideia é que caso (os parlamentares) consigam aprovar tudo dentro dos trabalhos legislativos de 2024, o mercado se tranquilizaria”, disse Spiess.
Ele avaliou, no entanto, que o atual pacote do governo é “medíocre e insuficiente”, o que cria a necessidade do anúncio de novas medidas para que as expectativas do mercado sejam totalmente reancoradas.
Diante da crescente desvalorização do real, que na terça-feira encerrou o dia em 6,0982 reais — maior valor nominal de fechamento da história –, o Banco Central tem realizado uma série de leilões extraordinários, incluindo leilões de dólares à vista e vendas com compromisso de recompra.
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Na terça-feira, a autarquia vendeu mais de 3,2 bilhões de dólares á vista em dois leilões, totalizando mais de 12,75 bilhões de dólares vendidos desde quinta-feira, quando se iniciou a sequência de intervenções no câmbio.
No entanto, os leilões têm no máximo reduzido temporariamente os ganhos da moeda norte-americana.
A aparente ineficiência das intervenções da autoridade monetária tem acendido alertas no mercado de que o país poderia já estar em um cenário de dominância fiscal — quando o descontrole orçamentário gera perda de efeito da política monetária e acaba por comprometer ainda mais as contas públicas.
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No cenário externo, os mercados globais continuam demonstrando cautela, à medida que aguardam a decisão do Fed, em que se espera amplamente que o banco central dos Estados Unidos reduza a taxa de juros em 0,25 ponto percentual.
As atenções estarão em torno da divulgação das novas projeções econômicos dos membros, que sinalizarão os movimentos da política monetária para o próximo ano.
Uma previsão de um afrouxamento mais gradual dos juros seria um fator positivo para o dólar, ao elevar o rendimentos dos Treasuries, o que dificultaria ainda mais a perspectiva para moedas emergentes em 2025.
(Com Reuters)