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Dólar interrompe sequência de quedas e fecha em alta, a R$ 5,47, com EUA no radar

Investidores refizeram posições compradas em dólar com a moeda mais barata. Dados de inflação nos EUA também mexeram com as apostas sobre juros

Equipe InfoMoney

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O dólar interrompeu uma sequência de seis sessões consecutivas de baixa e fechou a quarta-feira (14) em leve alta ante o real. Parte dos investidores refizeram posições compradas na moeda norte-americana, em um dia de sinais mistos para a divisa no exterior.

A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, divulgada nesta quarta-feira, veio em linha com estimativas do consenso LSEG, mas diminuiu a expectativa de um corte mais brusco de juros pelo Federal Reserve em setembro, com a projeção de um corte mais leve, de 25 pontos-base, voltando a ganhar mais força.

O movimento no Brasil estava em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana não tinha um viés único. No fim da tarde, o dólar subia ante o peso chileno e o dólar australiano, mas cedia em relação ao peso mexicano e o peso colombiano.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em alta de 0,35%, a R$ 5,468 na compra e a R$ 5,469 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subia 0,23%, a 5.480,50 pontos.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia em queda de 0,90%, cotado a R$ 5,4491, atingindo a menor cotação de fechamento desde 16 de julho. Em agosto, a moeda norte-americana acumula baixa de 3,30%.

Dólar comercial

Dólar turismo

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O que acontece com dólar hoje?

Após cair por seis sessões consecutivas, a divisa norte-americana voltou a subir ante o real, com investidores recompondo suas carteiras. “Com o dólar mais barato, houve certa recomposição de posições por parte de investidores, o que fez as cotações ganharem força”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.

Além disso, dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos balançaram as apostas de corte de juros pelo Banco Central americano. A expectativa por um corte mais agressivo de 0,5 ponto porcentual perdeu espaço ante a projeção por 0,25.

Autoridades do Federal Reserve indicaram disposição para cortar juros, embora tenham sido cuidadosas para não se comprometerem com um cronograma específico nem especular sobre o ritmo em que os cortes podem ocorrer.

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A ferramenta CME FedWatch, que indica as apostas do mercado sobre os cortes de juros, aponta para uma chance de 64,5% de redução de um quarto de ponto frente 35,5% de meio ponto percentual na reunião de 17 a 18 de setembro.

À medida que a inflação diminuiu, as preocupações crescentes sobre uma desaceleração do mercado de trabalho parecem ganhar mais atenção dos agentes do mercado.

Outro fator que mexeu com o câmbio no dia foi a volta das operações no Japão, com o fim do feriado que fechava bancos. As operações de carry trade voltaram e investidores voltaram a desmontar suas posições em real, tirando dinheiro do Brasil para pagar os empréstimos feitos no país oriental, onde o juro aumentou e tornou essas operações menos rentáveis.

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(Com Reuters)