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O dólar comercial fechou praticamente estável, apesar do forte avanço das cotações no exterior, com o mercado se apegando às promessas do governo Lula de equilíbrio fiscal e à expectativa de que o ciclo de alta de juros no Brasil seja mais longo, como indicado na ata do último encontro do Copom.
Qual foi a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou com alta de 0,01%, cotado a R$ 5,769 na compra e R$ 5,770 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a 5.772 pontos.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou o dia em alta de 0,58%, cotado a R$ 5,7711.
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Dólar comercial
- Compra: R$ 5,769
- Venda: R$ 5,770
Dólar turismo
Venda: R$ 5,811
Compra: R$ 5,991
O que aconteceu com o dólar hoje?
Antes da abertura do mercado a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou as preocupações do BC com as expectativas de inflação desancoradas e alertou que isso pode levar a um ciclo mais longo de elevações da Selic, hoje em 11,25% ao ano.
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“A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê”, disse o BC na ata. “Uma deterioração adicional das expectativas pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto de política monetária.”
Uma Selic mais alta em tese favorece a atração de investimentos ao Brasil, o que atuaria como um fator de baixa para o dólar ante o real. Pela manhã essa perspectiva fez o dólar oscilar em baixa, ainda que no exterior a divisa norte-americana sustentasse ganhos firmes. Às 10h06 o dólar à vista atingiu a cotação mínima de 5,7540 reais (-0,30%).
A moeda norte-americana e os rendimentos dos Treasuries avançavam globalmente na sessão ainda em reação às promessas políticas do presidente eleito Donald Trump de corte de impostos e aumento de tarifas de importação nos EUA.
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Isso fez o dólar ensaiar ganhos mais consistentes ante o real no período da tarde, com a divisa atingindo a máxima de R$ 5,7999 (+0,50%) às 14h49.
Operador ouvido pela Reuters pontuou que o patamar de R$ 5,80 — como vem ocorrendo nas sessões mais recentes — funcionou como importante resistência técnica para as cotações.
No restante do dia, o dólar oscilou próximo da estabilidade.
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“O nosso dólar andou bem de lado, porque estamos na iminência ainda de que as propostas do governo para a área fiscal sejam apresentadas para a Câmara e para o Senado”, lembrou Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Com o BC apertando a Selic e saindo algo do lado fiscal, a tendência é o dólar dar uma estabilizada, não ficar tão disparado”, acrescentou.
Pela manhã, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil terá uma política fiscal “vigorosa”, mas não houve qualquer detalhamento das medidas, aguardadas com ansiedade pelo mercado.
No fim da manhã o BC vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
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No exterior, o dólar seguia em alta ante quase todas as demais divisas. Às 17h12, o índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,58%, a 106,030.
(com Reuters)
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