Dólar fecha em queda e acumula 0,58% de perda na semana, seguindo fraqueza externa

Dados de inflação mais branda nos Estados Unidos sustentam entendimento de que o Fed poderá cortar juros em setembro, o que diminui a força do dólar

Equipe InfoMoney

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O dólar à vista fechou em baixa ante o real nesta sexta-feira (12), após consolidar o movimento de queda durante a tarde, seguindo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior. Investidores aumentam as apostas de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) começará a cortar juros em setembro.

Dados do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estado Unidos desta sexta-feira reiteraram as teorias de inflação mais fraca no país. O PPI subiu 0,2% em junho na comparação mensal e avançou 2,6% na base anual. O consenso de mercado esperava alta de 0,1% e 2,3%, respectivamente. Os números não vieram em linha, mas não anularam o otimismo gerado pelo CPI mais fraco na véspera.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em queda de 0,20%, a R$ 5,430 na compra e a R$ 5,431 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto (DOLc1) caía 0,12%, a 5.444 pontos.

Na véspera a moeda norte-americana à vista encerrou cotada a R$ 5,441 na venda, após alta de 0,53%. Na semana, a divisa dos EUA acumulou queda de 0,58%

Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com dólar hoje?

O dólar à vista abriu a sessão no Brasil em baixa, acompanhando o recuo da moeda ante divisas de exportadores de commodities e emergentes no exterior. Mas ainda pela manhã, o dólar virou para alta em meio a novos comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário fiscal.

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Durante evento em São Paulo, Haddad defendeu que a expansão fiscal neste momento não é boa para o Brasil e afirmou que o governo do presidente Lula cortará gastos primários para ajustar as contas públicas se for necessário.

Haddad também negou ter convencido Lula a baixar a tensão com o Banco Central, mas afirmou que o presidente teve “certa razão” de ficar insatisfeito com atitudes da autarquia.

Dois profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que, apesar de novamente acenar com cortes de gastos para cumprir a meta fiscal, Haddad ainda não apresentou medidas concretas, algo que tem incomodado os investidores nas últimas semanas.

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Neste cenário, após registrar uma cotação mínima de R$ 5,4160 (-0,48%) às 9h20, o dólar à vista atingiu uma máxima de R$ 5,4669 (+0,46%) às 10h52, em meio aos comentários de Haddad.

À tarde, porém, a moeda norte-americana voltou a ceder no Brasil. Segundo analistas, a fraqueza veio do entendimento de que o Fed começará a cortar juros em setembro, algo que empurra as cotações da moeda norte-americana para baixo.

O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,36% em Nova York, a 104,07 pontos. O dólar também sustentava baixas ante moedas como o peso chileno, o peso mexicano e o peso colombiano.

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Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (PPI) para a demanda final subiu 0,2% em junho, depois de ter ficado inalterado em maio. O consenso previa alta de 0,1%. Nos 12 meses até junho, o índice subiu 2,6%, depois de avançar 2,4% em maio.

Embora os dados tenham sido altistas, o mercado segue confiante de que o banco central dos EUA tem dados o suficiente que justifiquem um primeiro corte dos juros em setembro.

(Com Reuters)