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Dólar fecha em alta de 0,5% e sobe a R$ 5,44, em dia volátil após inflação nos EUA

No exterior, o dólar perdeu força frente divisas estrangeiras com a renovação da expectativa de queda dos juros nos EUA em setembro

Felipe Moreira

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Depois de cair com a reação inicial aos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, o dólar à vista virou para alta e fechou com 0,55% de ganhos nesta quinta-feira (11).

O avanço dos preços ao consumidor nos EUA recuou em junho, a 0,1% na base mensal, contra projeção do mercado de avanço de 0,1%. No período de 2 meses, a variação foi de 3,0%, abaixo dos 3,1% previstos pelos agentes financeiros, indicando uma desaceleração em relação aos 3,3% registrados no mês anterior.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em alta de 0,55%, a R$ 5,441 na compra e a R$ 5,442 na venda, após encerrar as duas últimas sessões em queda. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto (DOLc1) subia 0,49%, a 5.456 pontos.

Na mínima do dia, a moeda estrangeira atingiu R$ 5,371, enquanto na máxima foi a R$ 5,453. Na véspera, o dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,413 na venda, em leve baixa de 0,01%.

Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com o dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta nesta quinta-feira (11), após duas sessões de enfraquecimento frente ao real. A cotação da moeda subiu 0,55%, a R$ 5,441, com profissionais do mercado citando certo esgotamento da queda mais recente como justificativa e alguns efeitos técnicos sobre o real em relação ao forte avanço do iene no exterior.

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Entretanto, no exterior, a moeda norte-americana registrou queda ante a maior parte das demais divisas nas outras praças, onde as cotações reagiram aos dados mais favoráveis da inflação dos Estados Unidos.

O índice dólar (DXY), que mede o desempenho do dólar norte-americano frente a uma cesta de moedas estrangeiras, caiu 0,55% na Bolsa de Nova York, aos 104,48 pontos.

A fraqueza da moeda no exterior aconteceu devido a confirmação da desaceleração da inflação ao consumidor renovar a esperança de um início de corte de juros pelo Federal Reserve (banco central americano) já na reunião de setembro. Essa probabilidade tinha perdido força após um repique de preços no início do ano.

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CPI divulgado nesta quinta-feira mostrou queda de 0,1% na base mensal de junho e uma perda de força na comparação de 12 meses, para 3,0%, a mais baixa em um ano.

Mary Daly, presidente do Federal Reserve de San Francisco, afirmou hoje que as leituras mais brandas sobre a inflação são um “alívio” e que ela espera que uma maior flexibilização das pressões sobre os preços e do mercado de trabalho justifique cortes na taxa básica de juros, que poderiam ser um ou dois ainda neste ano.

Em relação ao descompasso dólar frente ao real, em comparação com a queda no exterior, alguns profissionais avaliaram que o fato de o iene estar subindo mais de 2% ante o dólar, após ter atingido na véspera o menor valor em 38 anos, estava afetando operações de carry trade feitas com a moeda japonesa e o real brasileiro.

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No carry trade, investidores tomam recursos no exterior, a taxas de juros baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde a taxa de juros é maior.

Além desta questão técnica envolvendo o iene, alguns profissionais pontuaram que a baixa recente do dólar ante o real limitava a possibilidade de maiores perdas para a moeda norte-americana nesta quinta-feira.

“Houve uma corrigida bem grande, com o dólar saindo dos R$ 5,70 (na semana passada) para R$ 5,40. Então, não faz tanto sentido cair muito mais”, pontuou Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

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(com Reuters)