Conteúdo editorial apoiado por

Dólar cai mais de 1% e vai a R$ 6,04 em dia de mercado fechado nos EUA

Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,08%, a 6,1106 reais

Felipe Moreira

Publicidade

O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira, para abaixo de 6,05 reais, em sessão de baixa liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos devido ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter, com investidores retirando dos preços parte dos excessos do fim de 2024, em meio à agenda esvaziada no Brasil.

Nas primeiras sessões de 2025, o foco dos investidores tem se direcionado para o cenário externo, uma vez que se aproxima o início do novo governo de Donald Trump nos EUA, com a posse do presidente eleito em 20 de janeiro.


Confira a cotação em tempo real: Conversor de Moeda

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, aos 6,0431 reais. Às 17h02 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,87%, aos 6,0775 reais. Neste horário haviam sido negociados pouco mais de 175 mil contratos de dólar para fevereiro, um montante inferior ao que é visto em dias comuns.

Dólar comercial

Dólar turismo

O que aconteceu com dólar hoje?

Com a bolsa norte-americana fechada nesta quinta-feira e os Treasuries operando em horário reduzido em função do funeral do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, a liquidez no mercado brasileiro diminuiu, amplificando a volatilidade em alguns momentos.

Continua depois da publicidade

A alta da moeda norte-americana no exterior chegou a influenciar o câmbio local no início do dia, mas posteriormente prevaleceu o movimento mais recente de ajuste de cotações. Parte do mercado seguiu eliminando os exageros de preços tanto no câmbio quanto no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Neste cenário, após marcar a cotação máxima de 6,1233 reais (+0,21%) às 9h31, ainda na primeira hora de negócios, o dólar à vista atingiu a mínima de 6,0377 reais (-1,19%) às 16h10, já perto do fechamento.

“Estamos vendo o dólar extremamente forte lá fora. Mas se surgirem dados de emprego ou de inflação mais fracos nos EUA, ou se o (presidente eleito, Donald) Trump não fizer o que se imagina em matéria de elevação de tarifas, há espaço para o dólar dar uma recuada no exterior, em direção a 106 ou 105”, avaliou durante a tarde o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em referência às cotações do dólar index, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de divisas fortes.

Continua depois da publicidade

“Isso poderia levar a uma valorização adicional do real, em direção a (um dólar de) 5,90 reais, caso não surjam notícias negativas por aqui”, acrescentou.

Nos últimos meses, a expectativa de que Trump possa adotar tarifas mais elevadas sobre os produtos importados tem sustentado o dólar ao redor do mundo, em meio à percepção de que isso gerará mais inflação e juros mais altos nos EUA.

Às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,12%, a 109,150.

Continua depois da publicidade

Pela manhã o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

(com Reuters)