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O dólar caiu mais de 1% nesta quinta-feira, para abaixo de 6,05 reais, em sessão de baixa liquidez por conta dos mercados fechados nos Estados Unidos devido ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter, com investidores retirando dos preços parte dos excessos do fim de 2024, em meio à agenda esvaziada no Brasil.
Nas primeiras sessões de 2025, o foco dos investidores tem se direcionado para o cenário externo, uma vez que se aproxima o início do novo governo de Donald Trump nos EUA, com a posse do presidente eleito em 20 de janeiro.
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Qual é a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em baixa de 1,10%, aos 6,0431 reais. Às 17h02 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,87%, aos 6,0775 reais.
Dólar comercial
- Compra: R$ 6,043
- Venda: R$ 6,043
Dólar turismo
- Compra: R$ 6,148
- Venda: R$ 6,328
O que aconteceu com dólar hoje?
Com o fechamento dos mercados nos EUA devido ao funeral de Carter, que faleceu em 29 de dezembro aos 100 anos, as negociações exibiam menor volatilidade nesta quinta, em meio à falta de impulsos externos e domésticos.
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Nesta semana, por outro lado, a moeda norte-americana tem oscilado entre fortes ganhos e perdas, à medida que os mercados globais digerem as últimas notícias sobre os planos tarifários de Trump, com os agentes financeiros receosos quanto ao potencial inflacionário de suas medidas.
O dólar avançou sobre uma série de moedas na véspera, incluindo o real, na esteira de reportagem da CNN que relatou que o presidente eleito está considerando declarar emergência econômica nacional como justificativa legal para a imposição de tarifas sobre aliados e adversários.
A divisa dos EUA havia registrado forte recuo na segunda-feira, quando o The Washington Post informou que assessores de Trump estariam explorando planos para impor tarifas apenas sobre importações de setores críticos para o país.
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A percepção de economistas é de que as promessas de Trump, que também incluem cortes de impostos e controle rígido da imigração, podem ser inflacionárias, o que manteria os juros elevados nos EUA e elevaria os rendimentos dos Treasuries, favorecendo o dólar.
Os mercados globais também seguem de olho em novos dados sobre a economia norte-americana, com números sobre o mercado de trabalho sendo o foco da semana. Na sexta-feira, será divulgado o relatório de emprego para dezembro.
Indicadores recentes têm apontado para a resiliência da economia dos EUA, com um mercado de trabalho saudável e uma inflação ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve, reduzindo as expectativas de cortes na taxa de juros pelo banco central norte-americano neste ano.
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“Existe preocupação em relação ao mercado de trabalho, que segue aquecido, com a inflação, que retornou, mas desacelerou a queda, e também sobre as políticas do governo Trump em relação às tarifas”, disse Marcos Weigt, head de Tesouraria do Travelex Bank.
Operadores precificam 95% de chance de que as autoridades mantenham os juros na primeira reunião deste ano, com pouco mais de 40 pontos-base acumulados de cortes esperados até o fim do ano, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Na cena doméstica, a principal preocupação do mercado segue sendo o cenário fiscal brasileiro, mesmo após o Congresso aprovar uma série de medidas de contenção de gastos propostas pelo governo no fim do ano passado.
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Os investidores duvidam do compromisso do governo em equilibrar as contas públicas e cobram que sejam apresentadas novas medidas para controlar a trajetória da dívida pública e retomar a credibilidade fiscal do país.
(com Reuters)