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Dólar sobe 1,09%, a R$ 5,73, por decepção com China e expectativa de fiscal no Brasil

Nova reunião do ajuste fiscal é único compromisso de Lula nesta sexta-feira

Felipe Moreira

Notas de dólar. Foto: 
(Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)
Notas de dólar. Foto: (Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)

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O dólar comercial hoje fechou com alta de 1,09% perante o real, à medida que investidores analisavam dados de inflação mais fortes do que o esperado no Brasil e novos anúncios de estímulo fiscal pela China que decepcionaram os mercados.

Além disso, investidores aguardavam anúncio de medidas fiscais pelo governo, sem nenhum comunicado do governo. O único compromisso oficial do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 8, é a nova reunião para discutir o ajuste fiscal, que ainda não terminou.

Autoridades chinesas anunciaram um programa de US$ 1,4 trilhão, ou ¥ 10 trilhões, para refinanciar a dívida dos governos locais –números que, aparentemente, não impressionaram os mercados sobre esse nova tentativa de apoiar a segunda maior economia do mundo e fazem o minério cair, o que também afeta o real.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou o dia em alta de 1,09%, cotado a 5,7376 reais. Na semana, no entanto, a divisa acumulou baixa de 2,25% em função dos recuos nas sessões anteriores.

Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,77%, a 5,7540 reais na venda.

Dólar comercial

Dólar turismo

Venda: R$ 5,989

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Compra: R$ 5,809

O que acontece com o dólar hoje?

A moeda norte-americana subiu ante o real durante todo o dia, sustentada por fatores externos e internos, entre eles a frustração do mercado com as medidas de estímulo econômico da China.

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Autoridades chinesas disseram que permitirão que os governos locais emitam 6 trilhões de iuanes (838,77 bilhões de dólares) em títulos para trocar por dívidas fora do balanço, ou “ocultas”, ao longo de três anos. Investidores pareceram desapontados com o tamanho do plano, o que ajudou a sustentar a alta do dólar ante o real no Brasil.

“Sabemos que isso (a decepção com a China) acaba afetando moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil”, comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, acrescentando que a demora do governo Lula em apresentar medidas de contenção de despesas também impulsionava as cotações.

A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros para discutir o pacote de contenção de despesas foi encerrada na quinta-feira e retomada na tarde desta sexta-feira, ainda sem previsão de divulgação de medidas.

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“Acho que o governo está esperando dar uma acalmada no ‘efeito Trump’ sobre o mercado, para o pacote do Brasil causar o efeito que eles precisam que cause”, opinou Avallone.

De fato, nesta sexta-feira o efeito da vitória de Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos continuou a impulsionar o dólar ao redor do mundo: a moeda norte-americana subia ante praticamente todas as demais divisas. Às 17h10, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,58%, a 105,020.

Neste cenário, após marcar a cotação mínima de 5,6929 reais (+0,30%) às 9h00, na abertura dos negócios, o dólar à vista saltou para a máxima de 5,7916 reais (+2,04%) às 14h02. Depois disso, desacelerou um pouco, mas ainda se manteve em patamares elevados.

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Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em outubro, depois de avançar 0,44% em setembro. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de 0,53% para o mês.

Nos 12 meses até outubro o IPCA acumulou alta de 4,76% — um percentual já acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central.

No fim da manhã o BC vendeu 14.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

(Com Reuters)