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Por que o dólar disparou e voltou atrás após a vitória de Trump? Entenda

Trump ultrapassou os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para vencer a disputa pela Casa Branca, de acordo com projeções da imprensa americana

Felipe Moreira

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O dólar comercial chegou a subir quase 2% em relação ao real na abertura dos negócios, em meio às primeiras reações à vitória do republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca, mas perdeu força e agora opera com leve baixa.

Trump reconquistou a Casa Branca nesta quarta-feira ao garantir mais do que os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ganhar a Presidência, segundo projeção da Edison Research, após uma campanha de retórica sombria que aprofundou a polarização no país.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contribuiu para a desaceleração, ao afirmar em Brasília que a rodada de reuniões entre ministros para tratar das medidas fiscais está concluída.

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Qual a cotação do dólar hoje?

Às 12h26, o dólar à vista operava com baixa de 0,08%, cotado a R$ 5,742 na compra e na venda. Na máxima, chegou a bater R$ 5,862. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,82%, a 5.813 pontos.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais.

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O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

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O que aconteceu com o dólar hoje?

A concretização da vitória de Trump retomou os temores dos mercados globais por suas promessas econômicas, que incluem tarifas e cortes de impostos. Na visão de analistas, a natureza inflacionária das políticas do republicano geraria necessidade de a taxa de juros dos EUA permanecer em um nível elevado.

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“O movimento está coerente com o discurso protecionista do Trump, de tarifas mais altas e redução de impostos. O cenário é de juros mais altos e dólar mais forte no longo prazo”, comentou o economista-chefe do banco Bmg, Flavio Serrano.

“Mas no Brasil houve muito mais uma alta por conta do fiscal distorcido, que levou os juros a níveis mais altos e deixou o dólar mais forte. Na teoria, com o fiscal acertado no Brasil, seria possível corrigir a alta que vimos nos últimos meses”, acrescentou Serrano.

Sobre isso, Haddad afirmou nesta manhã em Brasília que, finalizadas as discussões entre ministros, o próximo passo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva provavelmente será pedir conversas com os presidentes das duas Casas do Congresso, para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.

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“A vitória de Trump, de forma acachapante e um fortalecimento muito grande dos republicanos, reforça a ideia de que haverá mais protecionismo, uma tendência maior à pressão inflacionária e consequentemente a elevação da taxa de juros”, disse Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e professor da FGV.

Ainda na seara nacional, os destaques ficam por conta da decisão de política monetária do Banco Central e balanços corporativos.

(Com Reuters)

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