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Dólar fecha a R$ 5,46 e acumula queda de 2,27% em semana de altos e baixos

Após atingir um pico de R$ 5,70 na semana, em meio a ruído político e desconfiança do mercado, a moeda virou para queda nas últimas sessões

Felipe Moreira

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O dólar à vista terminou a semana em queda de 0,46%, a R$ 5,462, distante do pico de R$ 5,70 que atingiu na última terça-feira (2). A moeda passou por altos e baixos ao longo da semana, em meio a desconfiança do mercado com as contas públicas e críticas do presidente Lula à política monetária, que foram amenizadas nas últimas sessões.

No noticiário internacional desta sexta-feira (5), os Estados Unidos criaram 206 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de junho, mais que o esperado pelos analistas, segundo dados do payroll. A estimativa, de acordo com consenso LSEG, era de criação de 190 mil vagas no mês.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou em queda de 0,46%, a R$ 5,461 na compra e R$ 5,462 na venda. Na máxima do dia, a divisa foi a R$ 5,534. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto operava em queda de 0,47%, a 5.473 pontos.

Leia mais: Especulação? As narrativas de Lula e BC sobre salto do dólar – e o impacto no mercado

Na quinta-feira, dólar comercial fechou em baixa de 1,46%, a R$ 5,486 na compra e R$ 5,487 na venda.

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Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com o dólar hoje?

Nas duas sessões anteriores, a divisa norte-americana devolveu ganhos acumulados ao longo de várias sessões marcadas pelas preocupações dos investidores com o compromisso fiscal do governo e o futuro da política monetária nacional. Ao fim do pregão desta sexta-feira, a divisa fechou com queda acumulada em 2,27% na semana.

Na terça-feira, o dólar chegou a tocar R$ 5,70 e atingiu o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, a R$ 5,6665, em meio aos ataques do presidente Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à desconfiança do mercado com o equilíbrio fiscal.

Entretanto, desde quarta-feira (3), com uma mudança no tom de Lula, que reafirmou a responsabilidade com as contas públicas e o cumprimento do arcabouço fiscal, o real voltou a se fortalecer frente ao dólar.

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No cenário externo, os investidores repercutiam nesta sexta-feira dados que mostraram uma moderação do mercado de trabalho dos Estados Unidos, o que amplia o otimismo pelo início de um ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou que foram criadas 206.000 postos de trabalho no país em junho, acima da expectativa de analistas de 190.000 vagas, mas menor que o número de maio. O número de vagas de maio ainda sofreu revisão para baixo, a 218.000, ante 272.000 relatadas anteriormente.

A taxa de desemprego subiu modestamente para 4,1% neste mês, de 4,0% no mês anterior.

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Quando somado à moderação dos preços em maio, o relatório confirmou que a tendência desinflacionária está de volta aos trilhos após o aumento da inflação no primeiro trimestre, o que também pode elevar a confiança das autoridades do Fed em relação às perspectivas de inflação.

Os operadores elevaram ligeiramente as apostas para cortes de juros pelo Fed em setembro e dezembro após a divulgação dos dados.

Quanto mais o banco central dos EUA cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos interessante quando os rendimentos dos Treasuries diminuem.

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(Com Reuters)