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Dólar fecha em alta de quase 1%, a R$ 5,285, maior valor em mais de um ano

Dados econômicos sobre os EUA e enfraquecimento das commodities pressionam o câmbio

Felipe Moreira

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O dólar segue a sua trajetória de alta e subiu quase 1% nesta terça-feira, 4, em linha com os ganhos da divisa americana em mercados emergentes. Também foi dia para os investidores avaliarem a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o primeiro trimestre e os dados econômicos dos EUA.

A moeda atingiu o maior valor desde janeiro de 2023. Na máxima, a divisa chegou a R$ 5,296.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista subiu 0,98%, a R$ 5,284 na compra e a R$ 5,285 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrava alta de 0,72%, aos 5.302 pontos.

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Dólar comercial

Compra: R$ 5,284

Venda: R$ 5,285

Dólar turismo

Compra: R$ 5,31

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Venda: R$ 5,49

Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda

O que aconteceu com o dólar hoje?


O dólar ganhou força com as incertezas sobre os dados da economia americana e, no campo interno, refletindo discussões da área fiscal e os impactos da desvalorização das commodities sobre o real.
“Os mercados abriram com um grande tom de incerteza em relação aos dados de emprego dos EUA, o que está mantendo a busca pela segurança entre os investidores elevada”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank. A maior economia do planeta divulgará na sexta-feira o relatório de emprego fora do setor agrícola de maio.

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Na manhã desta terça-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que as vagas de emprego em aberto — uma medida da demanda de mão de obra — caíram 296.000, para 8,059 milhões no último dia de abril, o nível mais baixo desde fevereiro de 2021. Os dados são da Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra, conhecido como relatório Jolts. A persistência de um mercado de trabalho aquecido nos EUA tem deixado as autoridades do Federal Reserve com uma postura cautelosa em relação à trajetória da inflação de volta à sua meta de 2%, adiando o possível início de um ciclo de cortes nos juros. Juros mais altos nos EUA jogam a favor do dólar, já que tornam os rendimentos norte-americanos mais atraentes para investidores estrangeiros.

O dólar ainda recuperava as perdas acumuladas na véspera diante de seus principais pares, quando dados mostraram que a atividade manufatureira dos Estados Unidos se contraiu ainda mais em maio.

Nos mercados emergentes, a moeda norte-americana também avançava firmemente, principalmente após resultados eleitorais no México e na África do Sul, que têm deixado os investidores mais cautelosos em relação ao futuro das economias desses países. O dólar subia ante o peso mexicano e o rand sul-africano. O dólar australiano, um tradicional medidor do apetite por risco, caía frente à moeda dos EUA.

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No Brasil, o IBGE divulgou nesta terça-feira dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre, mostrando que a economia brasileira retomou o crescimento nos três primeiros meses deste ano. O PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre em comparação com os três meses anteriores, em resultado em linha com o esperado.
No entanto, pesou do lado negativo as notícias da área fiscal, em especial sobre taxações, e o recuo das commodities, como petróleo e minério de ferro, o que tem efeito sobre o câmbio.


(com Reuters)