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Dólar hoje recua abaixo dos R$ 5,80 com relatório Jolts e notícia sobre tarifas

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, a 5,8159 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado.

Felipe Moreira

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O dólar virou para queda perante o real nesta terça-feira (4), após abertura positiva, chegando a cair abaixo dos R$ 5,75, à medida que os investidores avaliavam o conflito comercial entre Estados Unidos e China e dados do mercado de trabalho norte-americano.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que que telefonema entre Trump e Xi acontecerá em breve. Xi Jinping impôs uma taxa de 15% sobre menos de US$ 5 bilhões em importações de artigos relacionados à energia e uma alíquota moderada de 10% sobre o petróleo e equipamentos agrícolas, além de dizer que investigará supostas violações antitruste do Google, da Alphabet.

Já a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu para 7 600 milhões em dezembro, de acordo com o relatório Jolts, publicado nesta terça-feira, 4, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou bem abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam abertura de 8,020 milhões de vagas no período.


Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 12h23, o dólar à vista operava em baixa de 0,86%, aos R$ 5,764 na compra e R$ 5,766 na venda. Na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido no mercado brasileiro — subia 0,13%, aos 5.845 reais.

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Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, a 5,8159 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.

Dólar comercial

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Dólar turismo

O que aconteceu com dólar?

A moeda norte-americana ajusta-se à desvalorização externa em relação a moedas principais e as emergentes latino-americanas, em especial peso mexicano, além do dólar canadense. Investidores reagem à suspensão temporária por 30 dias das tarifas americanas de 25% às importações do México e Canadá, em troca de maior controle nas fronteiras para combater o tráfico de fentanil.

Há expectativas pelo desfecho de um diálogo entre os presidentes americano, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, nas próximas horas, em meio à promessa de tarifas de 10% a produtos Chineses a partir de hoje, o que já foi respondido por Pequim com medidas retaliatórias.

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A China anunciou que a importação americana de carvão e gás liquefeito terá tarifas de 15%, enquanto petróleo, máquinas agrícolas e veículos terão 10% a partir de 10 de janeiro.

Na ata, o Copom incluiu um trecho em que diz que “é necessária cautela e parcimônia na análise recente de dados de atividade”. Também diz que “a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida”.

O Copom repete que o tamanho total do ciclo de aumento da taxa Selic será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta” e reitera que a indicação de alta de 100 pontos-base da Selic em março segue apropriada. O BC diz ainda que o mercado de trabalho robusto, o fiscal expansionista e o vigor no crédito apoiam o consumo.

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Na semana passada, o comitê elevou a Selic em 100 pontos-base, para 13,25% ao ano, sinalizou alta na mesma magnitude em março, mas deixou em aberto o que fará em maio.

(Com Reuters e Estadão)