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Um dólar digital poderia agilizar os acordos para tornar os mercados financeiros mais eficientes, de acordo com um relatório publicado nesta quarta-feira (30) pela Depository Trust & Clearing Corp, empresa que presta serviços de compensações no mercado de ações dos Estados Unidos.
A DTCC disse que seu relatório é a primeira investigação do setor privado sobre o que uma moeda digital do banco central (CBDC) significaria para os mercados financeiros pós-negociação – a infraestrutura que processa negociações de valores mobiliários após o acordo de preço.
“Essa nova iniciativa representa a essência da inovação. Devemos esperar que a transformação digital remodele os mercados e a estrutura do mercado nos próximos anos”, disse a diretora-gerente da DTCC, Jennifer Peve, em comunicado, referindo-se a um programa realizado com a organização sem fins lucrativos Digital Dollar Project e grandes bancos, como Citigroup, Bank of America e State Street, para testar o uso de um dólar digital nos mercados financeiros.
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“Uma CBDC dos EUA deve ser cuidadosamente explorada em consulta com as principais partes interessadas nos setores público e privado”, disse Jennifer.
Uma moeda digital do BC poderia ajudar a acelerar a liquidação, em parte automatizando os relatórios que a DTCC deve enviar ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), segundo o relatório. A empresa citou evidências de que uma blockchain poderia economizar bilhões de dólares por ano, simplificando a forma como as negociações são confirmadas e reconciliadas.
Em agosto, a DTCC anunciou que estava processando até 160.000 negociações por dia em uma blockchain por meio de uma iniciativa chamada Project Ion. O Bank for International Settlements (BIS) disse que nove em cada dez bancos centrais do mundo estão olhando para uma CBDC, embora o presidente do Fed, Jerome Powell, tenha sugerido que não tem pressa em emitir um dólar digital.