Dólar cai 1,30% e fecha sessão a R$ 4,86 com avanço de reforma no Congresso e dados de emprego nos EUA

Dia foi de apetite ao risco para o mercado após forte avanço do dólar na sessão anterior; na semana, moeda americana subiu 1,60%

Equipe InfoMoney

(Paweł Szymczuk/Pixabay)
(Paweł Szymczuk/Pixabay)

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O dólar teve expressiva queda frente ao real nesta sexta-feira (7), com o mercado reagindo positivamente à aprovação em segundo turno da reforma tributária na Câmara e a dados mais fracos do que o esperado em um relatório de empregos dos Estados Unidos.

A divisa comercial caiu na sessão 1,30%, a R$ 4,865 na compra e R$ 4,866 na venda. Contudo, não evitou uma alta de 1,60% no acumulado da semana.

O mercado de câmbio já vinha mostrando bom humor desde a abertura, às 9h, depois que a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada o texto-base da reforma tributária em segundo turno e iniciou a votação de destaques, com a votação concluída no final da tarde desta sexta.

A aprovação da medida, que agora será encaminhada ao Senado, é um primeiro passo histórico após décadas de discussão do tema no Congresso. A aprovação da matéria é uma vitória não apenas para o governo, que a considera prioritária, mas também ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que abraçou a proposta e trabalhou ativamente por sua aprovação.

“Depois de um começo do ano com discussões negativas que aumentaram a incerteza e os prêmios de risco no mercado, chegamos no segundo semestre com a aprovação da reforma tributária do consumo, uma surpresa positiva, que traz um enorme avanço na complexa legislação”, disse Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter.

Já o JPMorgan chamou o avanço da reforma no Congresso em relatório a clientes de “importante passo que pode levar a melhorias notáveis ​​do ponto de vista econômico”.

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Além disso, outras pautas entraram na votação da Câmara, o que ajudou a animar o mercado. Após a votação dos destaques da reforma tributária, a Câmara aprovou o texto principal do projeto que retoma o voto de desempate do governo em decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), projeto que pode ajudar o governo a fechar o Orçamento de 2024.

Aprovado de maneira simbólica, o texto-base ainda pode ser alterado por destaques. A conclusão da votação do projeto irá destravar a pauta da Câmara e abrirá espaço para a análise da proposta do novo arcabouço fiscal, cuja votação só deve ocorrer em agosto.

Acentuando o viés negativo do dólar frente ao real, dados do Departamento do Trabalho desta sexta-feira mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, a 209 mil, desacelerou mais do que o esperado em junho.

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Economistas consultados pela Reuters previam criação de 225 mil empregos. A economia precisa criar de 70.000 a 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. A taxa de desemprego caiu para 3,6%, de 3,7% em maio.

O resultado dissipou temores despertados na véspera por uma surpreendentemente forte abertura de postos privados registrada no relatório da ADP, instituição desvinculada do governo norte-americano.

Uma política monetária menos agressiva nos EUA tende a prejudicar o dólar frente a outras moedas, uma vez que minaria a atratividade dos retornos de taxas de juros na maior economia do mundo.

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Na véspera, o dólar à vista fechou o dia com alta de 1,64%, a R$ 4,929 na compra e a R$ 4,93 na venda.

(com Reuters)