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SÃO PAULO – A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deverá receber os documentos oficiais da união das operações da chilena LAN e da brasileira TAM (TAMM4) em setembro deste ano, informou Marco Bologna – presidente da TAM S.A. – nesta terça-feira (17), após reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com a presidente da Anac, Solange Vieira. Também participou do encontro o presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso.
A reunião entre os executivos serviu para a companhia brasileira explicar os detalhes da operação que, uma vez aprovada pelas autoridades do Brasil e do Chile, formará a 11ª maior companhia área do mundo em valor de mercado. “Esse movimento que está vindo para a América do Sul é uma antecipação de uma tendência global”, revelou Bologna sobre a consolidação do setor aéreo.
Em relação ao risco de a operação não condizer com a legislação brasileira, que prevê o impedimento de uma companhia estrangeira em obter o controle de qualquer empresa do setor aéreo nacional, Bologna explicou que “não tem drible (na legislação do Brasil) porque o capital votante da TAM continua na mão da família Amaro”.
Atualmente, a Anac limita a participação estrangeira no capital das empresas do setor a 20%, mas é possível que essa fatia suba para 49% ainda este ano. Segundo Bologna, caso isso ocorra, a operação entre as duas empresas pode ser alterada.
O presidente da TAM S.A. revelou ainda estar confiante de que em seis a nove meses a integração das duas companhias poderá ser aceita pelos órgãos reguladores brasileiro e chileno. Cabe lembrar que a operação também deve ser aprovada pelos acionistas de ambas as companhias.