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SÃO PAULO – Um conceito básico no mercado financeiro, usado desde a análise de fundos de investimento até a composição de carteiras de ações, é o de diversificação. Por diversificação, podemos considerar a técnica que permite reduzir riscos através da alocação de investimentos entre vários instrumentos, setores ou outras categorias.
A diversificação pode ser uma importante ferramenta para maximizar o retorno de uma carteira correndo um risco menor. Embora não seja suficiente para garantir a não ocorrência de perdas, investir em ativos que reagem de forma diferente ao mesmo evento certamente pode reduzir de forma significativa o risco ao investir.
Tipos de riscos
De forma geral, os riscos podem ser divididos em duas categorias: não diversificáveis, ou risco de mercado, e diversificáveis. O risco não diversificável, como o próprio nome indica, se refere a riscos que praticamente todos os ativos são sujeitos. Variáveis como inflação, juros, taxa de câmbio, instabilidade política ou guerras afetam a todos. O investidor deve entender que irá correr este risco ao aplicar seus recursos.
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Já os riscos diversificáveis são específicos para uma empresa, setor, mercado, economia ou país e, portanto, podem ser reduzidos através da diversificação. Neste caso, vale a pena lembrar do ditado que diz para não colocar todos os ovos em uma cesta só – esta é uma redução de risco diversificável.
Porque diversificar
O princípio básico da diversificação é escolher ativos que reajam de forma diferente a certas circunstâncias. Mesmo que a bolsa apresente no longo prazo um melhor desempenho, o investidor deve montar sua carteira de investimentos contando também com aplicações de renda fixa, que reduzem o risco a que está sujeito seu dinheiro.
Também considerando uma alocação mais ampla de recursos, a diversificação é fundamental. Mesmo que conheça de perto o setor, não seria uma decisão sábia para o dono de uma agência de viagens investir todo o seu dinheiro em ações de empresas aéreas ou títulos de dívida privada de uma fabricante de aviões. Alguém se recorda de 11 de setembro de 2001?
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O investidor deve considerar ativos que tenham baixa correlação entre si. Caso isso ocorra, o caminho para uma estratégia eficiente de diversificação está traçado. Quanto menor a correlação, melhor do ponto de vista de risco para o investidor.
Importância nos diferentes mercados
Embora diversificar seja importante em praticamente todos os mercados, sua importância aumenta em alguns segmentos. Enquanto o mercado de renda fixa tem uma influência maior de riscos não-diversificáveis, no mercado de ações a diversificação ganha mais importância.
Além de ser mais arriscado do que a renda fixa, o mercado de ações é mais sujeito a riscos diversificáveis. Enquanto manter apenas uma ação em carteira pode tornar sua estratégia muito arriscada, sujeita a qualquer fator que afete esta empresa, montar uma carteira diversificada de várias ações pode reduzir o risco de forma significativa.
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Diversifique entre vários ativos
Mais do que diversificar em mercados específicos, é importante estabelecer uma estratégia global – lembre-se do dono da agência de viagens. Se um aumento nos juros pode afetar negativamente o mercado de ações, quem estava investido também em fundos DI poderá compensar suas perdas nesta aplicação.
Embora a diversificação não elimine a possibilidade de perder dinheiro investindo, uma estratégia consistente pode melhorar de forma significativa a relação entre risco e retorno. Assim, pode ser possível reduzir o risco sem ter que perder rentabilidade.
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