Diretor do Fed diz que momento de corte nos juros está se “aproximando”

"Embora eu não acredite que tenhamos chegado ao nosso destino final, acredito que estamos nos aproximando do momento em que um corte na taxa de juros é justificado", disse Christopher Waller

Reuters

Corredor passa em frente ao prédio do Federal Reserve em Washington (Foto: Chris Wattie/Reuters)
Corredor passa em frente ao prédio do Federal Reserve em Washington (Foto: Chris Wattie/Reuters)

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O diretor do Federal Reserve Christopher Waller disse nesta quarta-feira (17) que “estamos nos aproximando” do momento para um corte na taxa de juros do banco central dos Estados Unidos, mas a incerteza sobre a trajetória da economia norte-americana não deixa claro quando poderá ocorrer.

“Acredito que os dados atuais sejam consistentes com a realização de um ‘pouso suave’, e procurarei dados nos próximos meses que reforcem essa visão”, disse Waller no texto de um discurso a ser proferido antes de um evento no Fed de Kansas City.

“Embora eu não acredite que tenhamos chegado ao nosso destino final, acredito que estamos nos aproximando do momento em que um corte na taxa de juros é justificado”, disse ele.

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Waller observou que o crescimento econômico está avançando em um “ritmo mais moderado”, com o mercado de trabalho muito mais equilibrado, em meio a uma moderação da inflação.

Mas ele disse que a incerteza sobre o desempenho da economia nos próximos meses torna difícil saber quando o Fed poderá reduzir sua taxa básica de juros da atual faixa de 5,25% a 5,50%.

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Waller disse que há três cenários de probabilidade variável que o banco central pode enfrentar nos próximos meses.

O cenário mais “otimista”, com uma “probabilidade significativa, mas não alta”, prevê a continuidade de quedas constantes nas pressões inflacionárias e, nesse caminho, “eu poderia imaginar um corte nos juros em um futuro não muito distante”, disse ele.

Porém, em um cenário mais provável, Waller disse que as quedas na inflação seriam mais irregulares, o que colocaria em dúvida se o Fed estaria voltando de forma sustentável para sua meta de 2%.

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“Nesse caso, um corte na taxa de juros em um futuro próximo é mais incerto”, disse ele. A perspectiva menos provável, porém possível, seria o ressurgimento da inflação, que ele não vinculou a uma trajetória de política monetária.

O Fed realizará sua próxima reunião de política monetária em 30 e 31 de julho, tendo como pano de fundo a diminuição das pressões sobre os preços nos últimos meses, o que fomentou as expectativas do mercado de que o banco central pode cortar os juros em breve.

Os mercados esperam, em sua maioria, que o afrouxamento comece na reunião de 17 e 18 de setembro.