Diretor da Petrobras (PETR4) defende prática de preços de mercado para os combustíveis

Ele fez as declarações durante o 16º Fórum IBEF Oil, Gas & Energy 2022, nesta sexta no Rio de Janeiro.

Estadão Conteúdo

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O diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras (PETR3;PETR4), Rafael Chaves, defendeu nesta sexta-feira, 10, que a companhia continue praticando preços de mercado para combustíveis. Ele fez as declarações durante o 16º Fórum IBEF Oil, Gas & Energy 2022, nesta sexta no Rio de Janeiro.

“Só tem dois tipos de preço: o de mercado e o tabelado, a gente não pode cair na tentação de praticar preços tabelados. A gente aprendeu isso no passado. E se não aprendeu no passado, aprende com o vizinho”, disse em citação indiretamente a situação de escassez de diesel na Argentina. “Preço tabelado não funciona”, afirmou Chaves repetidas vezes.

O discurso vem um dia depois de a União enviar uma lista de indicados para o Conselho de Administração da Petrobras com dez nomes, dos quais seis são novos e estão, potencialmente, alinhados com os interesses do Planalto de controlar preços. Os bastidores dão conta de uma companhia acéfala, em que nada acontece em função da indefinição das últimas semanas sobre a sucessão na alta administração.

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Chaves disse que a subida de preços do petróleo ou de derivados funciona como um sinal para a economia, segurando a demanda e alertando o lado da oferta para aumentar investimentos e produção. “Se a gente achar que tem alguém iluminado, seja do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário, que é iluminado e usa a caneta para definir preços, estamos errados”, disse.

Em seguida, falou na necessidade de preservar a liberdade econômica e os investidores. “Quanto mais investidores, mais investimentos. Tem que fazer do Brasil um porto seguro para esses investidores e, para isso, tem que se respeitar os preços de mercado”, insistiu.

Ele também defendeu uma transição energética gradual que equilibre fontes fósseis com renováveis em nome da segurança da distribuição, e disse que a produção do pré-sal, por emitir menos de 10 quilos de carbono equivalente por barril, deve ser mantida em um contexto em que a média mundial é de 17 quilos de carbono equivalente por barril. “Se deixa de tirar (petróleo) do pré-sal e tira de outro lugar, isso aumenta em 70% a emissão”, disse em defesa da produção menos poluente da Petrobras.

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O diretor da Petrobras também voltou ao tema de um projeto de cooperação em estudo com a empresa de energia Equinor para a implantação de uma usina eólica offshore na Bacia de Campos, no litoral do Rio. “Parece ser algo que funciona. Tem que fazer conta, porque são projetos ainda muito em fase conceitual. É fazer as contas e, se parar de pé do ponto de vista econômico, é lógico que, do ponto de vista ambiental e de país, seria um caminho muito proveitoso”, disse.

Ele indicou que a produção de energia eólica offshore pode ser utilizada para ativar unidades de produção de hidrogênio verde, tecnologia na fronteira da transição energética.

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