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As prévias de construtoras seguem sendo destaque e repercutem no mercado na sessão desta terça-feira (16), com a divulgação dos números de Direcional (DIRR3), Helbor (HBOR3), Mitre (MTRE3) e Tenda (TEND3).
Às 12h55 (horário de Brasília), o destaque positivo fica para as ações MTRE3, com ganhos de 4,90%, a R$ 5,35, enquanto TEND3 avançava 1,87% (R$ 10,33), enquanto DIRR3 e HBOR3 operavam estáveis.
Contudo, o desempenho não corrobora a avaliação de muitos analistas, que avaliam que a Direcional se destacou como a que registrou melhor prévia. “Classificamos a Direcional como a de melhor desempenho e reiteramos a empresa como nossa preferência no setor”, apontou o Itaú BBA, ressaltando que a empresa reportou outro conjunto de fortes números operacionais no trimestre. Confira abaixo as avaliações dos analistas para as prévias:
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Direcional (DIRR3)
As vendas líquidas da Direcional chegaram a R$ 1,2 bilhão (R$ 994 milhões % Companhia) no quarto trimestre de 2023 (4T23), marcando um novo trimestre recorde na métrica. Em comparação ao 4T22, o crescimento foi de 76%, e em relação ao 3T23, o VGV líquido contratado foi 22% maior. A velocidade de vendas, medida pelo indicador VSO (Vendas Líquidas Sobre Oferta), atingiu 19% na visão consolidada no trimestre passado, com 17% nos projetos da Direcional (excluindo o Legado) e 15% nos produtos da Riva.
Para a XP, a Direcional divulgou sólidos dados operacionais no 4T23, impulsionados principalmente por fortes vendas líquidas (100%), atingindo R$ 1,2 bilhão, levando a VSO consolidada para 19% e reforçando o sólido momento de demanda para o segmento de baixa renda. Além disso, destaca um forte crescimento das vendas líquidas (100%) no segmento Direcional, beneficiado por maiores preços máximos e um mercado endereçável robusto no programa MCMV. Os lançamentos (100%) foram fortes, aumentando 31% ano a ano. “Dito isso, esperamos que a Direcional continue acelerando os lançamentos em 2024 e reiteramos nossa visão positiva sobre o nome com uma recomendação de compra e preço alvo de R$ 26 por ação”, avalia.
Para o Bradesco BBI, a Direcional encerrou um ano memorável com números sólidos no quarto trimestre, tendo impacto em sua tese positivo. Os números operacionais foram robustos com vendas líquidas recordes, mesmo excluindo o programa Pode Entrar. O segmento MCMV registrou números positivos, com as vendas melhorando tanto no trimestre quanto na comparação anual. “Mantemos nossa recomendação de Compra para DIRR3, uma vez que a ação combina um sólido crescimento dos lucros (46% de taxa média ponderada anual entre 2023-25), forte liquidez de ações (R$ 43 milhões de volume médio diário de negociação -ADTV) e valuation atraente em 7,0 vezes o o múltiplo P/L estimado para 2024″ (19% de desconto para Cury, seu principal par de alta qualidade a 8,7x).”, afirma.
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Tenda (TEND3)
As vendas líquidas da Tenda somaram R$ 787,5 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), aumento de 19,9% em relação ao quarto trimestre de 2022, com VSO Líquida de 26,9%. O Banco de Terrenos com R$ 16,3 bilhões em VGV, aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para a XP, os lançamentos tiveram um desempenho notável (+52% ano a ano), ajudados pela aceleração do segmento Tenda (+41% ano a ano e +33% frente o 3T23). As vendas líquidas também aumentaram, ajudadas pelas fortes vendas de lançamentos. “Os preços se mantiveram saudáveis (+10% na base anual), o que, em nossa visão, deve continuar ajudando a Tenda a melhorar a rentabilidade. Embora vejamos com bons olhos o forte desempenho operacional da Tenda e o consistente ganho de relevância da Alea nas operações da empresa, acreditamos que a rentabilidade da Alea sob pressão pode impactar negativamente o momento de resultados no curto prazo”, avalia, mantendo assim recomendação neutra e preço alvo de R$ 11 por ação.
O Bradesco BBI também vê os números como sólidos, apesar da VSO ter permanecido estável em 26%, mas com lançamentos crescendo 52% para R$ 1,1 bilhão (o projeto Pode Entrar foi de apenas R$ 45 milhões). “Em suma, a empresa deve continuar seu forte impulso operacional em 2024, que ainda é um ano de melhoria do LPA [lucro por ação] pós-turnaround. Embora o guidance da TEND3 publicado na semana passada sugira LPA ligeiramente abaixo de nossas estimativas atuais, nossa principal recomendação por desconto de valuation é apenas para 2025, que ainda vemos como altamente descontado em relação às nossas previsões de 20-25% de ROE em 2025”, afirma, mantendo assim outperform (recomendação de desempenho acima da média, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 21.
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Mitre (MTRE3)
As vendas brutas da Mitre (MTRE3) totalizaram R$ 351,2 milhões (+5,9% versus 3T23) e as vendas líquidas R$ 314,3 milhões (+4,7% versus 3T23). A VSO do trimestre fechou em 12,2%, um pouco inferior à do 3T23, que foi de 13,4%. Os lançamentos totais somaram R$ 181 milhões no 4T23, um recuo de 77,9% na base anual.
Para o BBI, a Mitre registrou sólidos números operacionais, com lançamentos crescendo 26% e vendas 5% sequencialmente. A empresa continuou sendo assertiva em seus lançamentos, com seu único lançamento do trimestre (e o maior em termos de VGV na história da empresa, R$ 620 milhões), o Haus Mitre Michigan, já estando 21% vendido.
Além disso, destaca a entrega bem-sucedida de 1,5 mil unidades em 2023, estabelecendo uma perspectiva positiva para a onda de entregas no 1S24, que a administração espera gerar cerca de R$ 400 milhões em caixa, melhorando a alavancagem da empresa (relação Dívida/PL de 49% no 3T23). “Acreditamos que o valuation deprimido de MTRE3 reflete uma combinação dessa alavancagem maior do que a esperada no 3T23 e alguns contratempos não resolvidos relacionados à governança corporativa no projeto Daslu fora de São Paulo. Vemos a empresa com um bom momentum operacional, mas acreditamos que a Mitre terá que resolver essas duas questões de forma mais clara para fechar a lacuna de valuation em relação a seus pares”, aponta.
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Helbor (HBOR3)
As vendas brutas totais da Helbor (HBOR3) atingiram R$ 409 milhões no quarto trimestre de 2023, representando um aumento de 3,7% e 52,6% na comparação com o 3T23 e o 4T22 respectivamente. A companhia lançou no 4T23 seis empreendimentos, sendo quatro deles faseados e dois novos projetos, o Trinity e o Roya, juntos estes novos projetos somaram um VGV total líquido de R$ 207 milhões. O VGV Total de lançamento do 4T23 somou R$ 462 milhões.
Na avaliação do Bradesco BBI, o impacto em sua tese é positivo. A Helbor encerrou o 4T23 com os melhores números do ano, com lançamentos robustos e vendas após primeiros nove meses mais tímidos. Embora o VSO tenha sido inferior aos trimestres anteriores devido ao Roya ter sido lançado em dezembro, portanto, com menos tempo para vender o projeto, quatro projetos foram entregues durante o trimestre, com transferências bancárias no valor de R$ 236 milhões.
Se a empresa for capaz de executar adequadamente e dentro do prazo a próxima onda de entregas em 2024, isso impulsionaria a geração de caixa e finalmente levaria a um processo de desalavancagem há muito aguardado, um tema importante em torno da tese da Helbor. “HBOR3 permanece altamente descontada em relação a seus pares, o que acreditamos que poderá ser desbloqueado assim que o pico de entregas (e custos de construção) da Helbor for percebido como devidamente executado”, avaliam os analistas do banco.
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