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A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) convocou uma assembleia extraordinária para amanhã, terça-feira (19), para debater medidas contra a proposta do governo de reajustar em 5% os salários de todos os servidores federais.
O governo Jair Bolsonaro (PL) decidiu na semana passada conceder um reajuste de 5% a todos os servidores públicos federais a partir de julho, em vez de priorizar a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) com um aumento mais amplo, como havia sido prometido pelo presidente.
O jornal “O Estado de S. Paulo” apurou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, pode se reunir nesta segunda-feira (18) com associações de classe em Brasília, para tentar costurar um acordo.
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Desde que o governo anunciou um pacote único para o funcionalismo, as principais entidades de policiais, delegados e peritos criminais federais passaram a criticar Bolsonaro e prometeram reagir. Os sindicatos esperavam uma recomposição mais ampla e tratamento diferenciado para as categorias, como várias vezes o presidente.
Pressão e recuo do governo
Mas, diante da pressão de outras categorias — como os servidores do Banco Central, que estão em greve desde o 1º —, Bolsonaro sinalizou que poderia abandonar a promessa de um reajuste mais robusto para a PF e PRF se outras categorias que também reivindicam aumento não abrissem mão do pleito.
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Até então, o presidente vinha repetindo que os R$ 2 bilhões reservados no Orçamento para o aumento dos servidores iriam para a reestruturação das carreiras de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.
“Tudo indica que, mais uma vez, o presidente da República não parece ter a intenção de cumprir o compromisso de enviar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória nesse sentido”, afirma o delegado Luciano Leiro, presidente da ADPF.
Foi Leiro quem convocou os associados a encaminharem sugestões para serem deliberadas amanhã. Ele prometeu aos colegas continuar em contato com sindicatos e autoridades para marcar o descontentamento com o anúncio de Bolsonaro.
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