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SÃO PAULO – Após um final de semana marcado pela queda do premier italiano Silvio Berlusconi, os mercados iniciam os trabalhos desta segunda-feira (14) ainda de olho na Itália.
O primeiro-ministro italiano Berlusconi renunciou neste sábado (12) após o pacote de austeridade ter sido aprovado na Câmara Baixa. O presidente Giorgio Napolitano pediu ao senador Mario Monti (ex-comissário da UE) para formar e liderar o chamado governo de unidade tecnocrata.
“Embora o novo governo ainda não esteja no lugar, a grande questão do dia é se o BCE (Banco Central Europeu) irá reconhecer o progresso da Itália durante o fim de semana podendo fazer uma declaração sobre o tema. Se isso acontecer, será muito positivo”, afirma o analista sênior do Danske Bank, Kasper Kirkegaard.
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Ainda nesta data, o governo italiano foi ao mercado disposto a vender até € 3 bilhões em títulos da sua dívida com prazo de vencimento em cinco anos, testando efetivamente os mercados. Os títulos foram negociados a uma taxa de 6,29%.
Yields em queda
Cabe citar ainda a variação do spread dos títulos da dívida italiana, que são um excelente termômetro para a percepção de risco ao redor do país. Por volta das 9h30 (horário de Brasília), o rendimento dos títulos públicos de dez anos da Itália recuavam para abaixo da barreira psicológica dos 7%, marcando 6,35%.
Grécia
Ainda no front europeu, o mercado continuará a acompanhar os desenvolvimentos políticos na Grécia de perto. “Nesta data, o novo primeiro ministro, Lucas Papademos, apresentará o seu programa político perante o Parlamento”, lembra Kirkegaard.
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Para o analista do Danke Bank, em qualquer caso, o fluxo de notícias do fim de semana é positivo para o dia e, neste sentido, a expectativa de um aumento nas compras de títulos de risco poderá apoiar os mercados nesta manhã.
Brasil
Sem indicadores relevantes nos Estados Unidos, a agenda desta véspera do feriado Proclamação da Republica é fraca. O destaque fica por conta do relatório Focus que manteve praticamente todas as projeções semanais, mas segue reduzindo suas expectativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2011, que foi de 3,20% para 3,16% nesta edição. A produção industrial também teve sua projeção diminuída para 1,55% neste relatório.