“Decisões duras” para Petrobras, 10 resultados, 3 recomendações e mais 12 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo da volta do feriado é movimentado, com o mercado repercutindo os últimos balanços da temporada de resultados, além de recomendações e o desempenho das commodities, além da fala do presidente da Petrobras Pedro Parente. Confira os destaques da volta do feriado: 

Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras permanecerá fiel à meta de desinvestir 15,1 bilhões de dólares até 2016, disse o presidente da estatal, Pedro Parente na terça-feira, acrescentando que os investimentos globais em exploração e produção de petróleo (E&P) devem cair no próximo ano.

Ele ainda afirmou a repórteres durante evento em Nova York na terça-feira patrocinado pelo Bradesco que a venda de ativos se tornou uma tendência entre os participantes da indústria global de petróleo, cuja meta de desinvestimentos no ano é de 35 bilhões de dólares.

Continua depois da publicidade

De acordo com Parente, o alto nível de alavancagem continua sendo um grande problema para Petrobras. A estatal vem se esforçando para vender ativos e firmar parcerias, a fim de reduzir o endividamento que atinge cerca de 130 bilhões de dólares – o maior entre os participantes do setor no mundo.

O presidente da Petrobras revelou também que a empresa tomará decisões mais duras em algumas áreas de negócios se os preços internacionais do petróleo caírem abaixo de 30 dólares o barril. Segundo Parente, investimentos em bens de capital e custos devem ser avaliados se as cotações da commodity recuarem abruptamente. Sobre as ações coletivas contra estatal em trâmite nos Estados Unidos, Parente disse acreditar que a lei está do lado da empresa.

A companhia ainda disse em comunicado desconhecer a existência de uma estimativa preliminar no valor mencionado em matéria, de pelo menos R$ 7 bilhões, referente a possíveis desvios do grupo Odebrecht, a partir de auditorias internas e/ou comissões internas de apuração da Petrobras, disse ela em comunicado de esclarecimento ao mercado. Os fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado, diz a Petrobras.

Continua depois da publicidade

Por fim, a BR Distribuidora pode vender fábricas de asfalto e imóveis para reduzir o endividamento, segundo afirmou o presidente da companhia Ivan de Sá para o jornal O Globo.

BR Malls (BRML3)
A administradora de shopping centers BR Malls passou de prejuízo para lucro no terceiro trimestre, uma vez que conseguiu compensar a queda nas receitas com uma forte redução de custos e de despesas financeiras. A companhia anunciou na segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 35,5 milhões no período, ante prejuízo de R$ 219,4 milhões em igual etapa de 2015.

Operacionalmente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 241,2 milhões, queda de 13,5% sobre um ano antes. Isso foi resultado sobretudo da queda nas vendas dos 45 shopping centers nos quais a BR Malls tem participação. De julho a setembro, a receita líquida do grupo caiu 7,4% ante igual etapa do ano passado.

Continua depois da publicidade

Mas a empresa conseguiu reduzir em 23,8% suas despesas gerais e administrativas, para R$ 28,2 milhões. Ao mesmo tempo, a despesa financeira líquida despencou 70%, a R$ 124,3 milhões, refletindo, a redução de cerca de 8 por cento da dívida líquida, a R$ 4,5 bilhões, menor patamar em 2 anos.

As evidências da recessão do país também apareceram em outros indicadores da BR Malls. A taxa de ocupação por exemplo fechou o trimestre em 95,5%, queda de 1,2 ponto percentual ano a ano. A inadimplência subiu 1,1 ponto, a 3,7%. A política de concessão de descontos parece ter surtido efeito. No período, a BR Malls assinou 245 contratos, maior nível para um terceiro trimestre desde 2012.

“A receita líquida segue impactada por maior concessão de descontos, pontuais e temporários, que visam o restabelecimento da saúde financeira dos lojistas e a redução de inadimplência”, afirmou a companhia em seu relatório de resultados. “O cenário tem se provado mais desafiador do que esperávamos”. A BR Malls, porém, afirmou no balanço que espera um início de um novo ciclo de crescimento da economia do país em 2017.

Continua depois da publicidade

 “Avaliamos que os resultados do terceiro trimestre foram em linha com nossas expectativas e neutros; acreditamos que a companhia está no caminho correto, focando em reduzir custos e na racionalização de suas operações”, informa o Bradesco BBI. 

Ouro Fino (OFSA3)
A companhia veterinária Ouro Fino teve lucro líquido de R$ 5,8 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 69,3% na comparação com os R$ 18,936 milhões reportados no mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia recuou 16,1%, atingindo R$ 125,5 milhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 14,2 milhões entre julho e setembro, uma queda de 61,1% ante os R$ 36,8 milhões do terceiro trimestre do ano passado. Com isso, a margem Ebitda da companhia veterinária diminuiu 13,3 pontos percentuais, de 24,6% para 11,3%.

Continua depois da publicidade

Os resultados foram fracos, segundo o Bradesco BBI: “condições macroeconômicas adversas continuaram afetando os resultados” e a companhia está implementando “iniciativas para se recuperar em 2017”.

Saraiva (SLED4)
A Saraiva registrou prejuízo líquido de R$ 13 milhões entre julho e setembro, uma melhora em relação aos R$ 38,4 milhões negativos registrados no mesmo período do ano anterior. A receita líquida, por sua vez, caiu 2,6% no intervalo, para R$ 374,7 milhões. Já as despesas operacionais ficaram em R$ 129 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 1,4% em um ano.

JBS (JBSS3)
A companhia de alimentos JBS teve lucro líquido de R$ 887,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 74,2% ante o ganho obtido no mesmo período do ano passado, em meio a um cenário desafiador especialmente no Brasil, com valorização do real e aumento expressivo dos grãos, e aumento das despesas financeiras. A empresa, maior processadora mundial de carne bovina, teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 3,145 bilhões, declínio de 18% em relação ao mesmo período de 2015. A média de estimativas compiladas pela Thomson Reuters apontava lucro líquido de R$ 562,6 milhões e Ebitda de R$ 3,4 bilhões.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,379 bilhão, ante resultado positivo de R$ 2,653 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. A dívida líquida da JBS encerrou o terceiro trimestre em R$ 48,9 bilhões, com alavancagem de 4,32 vezes.

“Estamos altamente otimistas sobre a melhora operacional em 2017 e esperamos que o Ebitda consolidado cresça cerca de 36% na comparação anual em 2017”, diz o Bradesco BBI.

PDG Realty (PDGR3)
Próxima de um pedido de recuperação judicial, a PDG Realty anotou um prejuízo líquido de R$ R$ 1,717 bilhão no terceiro trimestre deste ano, mais de quatro vezes superior às perdas anotadas no mesmo intervalo do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 403 milhões. De janeiro a setembro o prejuízo líquido cresceu 260,8% na relação anual para R$ 2,868 bilhões.

A receita operacional líquida da companhia foi negativa em R$ 84 milhões no intervalo de julho a setembro deste ano, ante uma receita positiva de R$ 551 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda no período analisado ficou negativo em R$ 1,506 bilhão, ante um número também negativo de R$ 164,352 milhões no mesmo período do ano passado. Na prática isso significa que a PDG vem queimando caixa.

No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a PDG informa que não há decisão quanto às providências a serem tomadas caso não seja possível regularizar seus financiamentos no curto prazo. “A administração continua atuando em outras frentes, em conjunto com seus assessores, para reforçar a liquidez e a estrutura de capital da Companhia, dentre as quais se inclui o esforço de aceleração na venda de ativos”, afirma a companhia no documento citado.

A companhia lembra que no âmbito do processo de sua reestruturação da dívida contratou neste mês a RK Partners, mantendo, assim, seus objetivos de reforçar o fluxo de caixa e otimizar a estrutura de capital da Companhia, de modo a preservar a capacidade de cumprimento das obrigações assumidas perante credores e clientes.

Brasil Brokers (BBRK3)
A companhia do setor imobiliário apresentou receita líquida de R$ 31,669 milhões entre julho e setembro, o que corresponde a uma queda de 22,77% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda ficou negativo em R$ 1,829 milhão, o que representa uma melhora em comparação com os R$ 9,045 negativos registrados no terceiro trimestre de 2015. No entanto, a Brasil Brokers teve um prejuízo líquido de R$ 12,389 nos últimos três meses, número 18,82% acima no comparativo anual.
PetroRio (PRIO3)
A companhia exploradora de petróleo encerrou o terceiro trimestre com uma receita líquida de 139,242 milhões, número que equivale a uma alta de 8,83% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Aumento também foi visto no resultado antes de Imposto de Renda e Contribuição Social: aumento de 496,22% em comparação com o terceiro trimestre de 2015, ao terminar este período marcando R$ 93,89 milhões. A companhia encerrou o período entre julho e setembro com R$ 71,47 milhões de lucro — 496% de alta no mesmo comparativo.

JHSF (JHSF)
A JHSF reverteu lucro visto no terceiro trimestre do ano passado e apresentou um prejuízo líquido de R$ 55,7 milhões no intervalo de julho a setembro deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi a R$ 43,2 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 13% ainda na relação anual. Sem ser no critério ajustado, o Ebitda caiu 46% no terceiro trimestre deste ano ante o visto um ano antes para R$ 38,9 milhões. A receita líquida no período analisado foi a R$ 99,6 milhões, queda de 36% ante o intervalo de julho a setembro de 2015.

Direcional (DIRR3)
A Direcional registrou um lucro líquido 96,1% menor no terceiro trimestre, totalizando R$ 1,116 milhão, ante estimativa de R$ 18,3 milhões. Já o Ebitda ajustado somou R$ 19,5 milhões, queda de 68,5% ante os R$ 61,83 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida caiu 19,8%, para R$ 314,59 milhões. 

De acordo com o BTG Pactual, os números foram abaixo do esperado, com a receita impactada pelos altos distratos e menores volumes de serviço em construção civil. 

Banco Pine (PINE4)
Após uma notícia da Agência Estado na última sexta-feira, o Banco Pine informou que estuda realizar uma Oferta Pública de Aquisição para cancelar seu registro como companhia aberta. Por outro lado, a empresa afirmou que “até o momento não há qualquer definição sobre o assunto”.

“As estratégias para condução do negócio da Companhia estão sendo avaliadas pela sua administração, e não serão divulgadas neste momento a fim de preservar as opções existentes para a Companhia e a possibilidade de alcançar a melhor alternativa. Importa frisar que, até a presente data, não há qualquer definição sobre o fechamento de capital da Companhia”, disse o banco em comunicado.

Ainda no noticiário do Pine, também foi divulgado seu balanço do terceiro trimestre na segunda, em que a companhia teve prejuízo de R$ 7 milhões, revertendo o lucro de R$ 5 milhões de um ano antes, mas mantendo o mesmo valor do trimestre anterior. Enquanto isso, a Receita de Prestação de Serviços atingiram R$ 19 milhões, uma queda ante dos R$ 26 milhões do mesmo período de 2015.

Oi (OIBR4)
Novas notícias sobre a Oi agitam o noticiário da companhia nesta quarta-feira. Segundo a Bloomberg, um grupo de  credores que negocia com a Oi se fragmentou, dificultando a reestruturação da dívida de US$ 19 bilhões do grupo brasileiro. As saídas incluem o fundo de hedge Citadel, que se juntou a um grupo que já inclui o Aurelius Capital Management, disseram as pessoas. O Aurelius vinha tentando formar um grupo separado e manteve conversas com assessores de reestruturação, incluindo Brasil Plural. O novo grupo é representado por Allan Brilliant, de Dechert, nos EUA, Marcelo Carpenter, de Sergio Bermudes, no Brasil, e Frederic Verhoeven de Houthoff Buruma, na Holanda, segundo comunicado do grupo em 11 de novembro. Os representantes de Oi, Aurelius, Citadel e Brasil Plural não quiseram comentar, enquanto os representantes da Dechert e Moelis não responderam imediatamente aos pedidos de comentários o assunto.

O jornal Folha de S. Paulo, por sua vez, informa que a Justiça e o Tribunal de Contas da União (TCU) vão se unir para tentar evitar uma intervenção do governo federal na operadora de telefonia Oi. Seus credores chegaram a um impasse que pode levá-la à falência. O  ministro do TCU Bruno Dantas concordou em fazer uma mediação conjunta entre a empresa e os credores públicos. A reunião está prevista para a próxima semana.

BM&FBovespa (BVMF3)
A BM&FBovespa informou ter iniciado tratativas com instituições financeiras para a contratação do empréstimo no valor de até US$ 125 milhões em um ano, já autorizado pelo conselho, disse a empresa em comunicado ao mercado.

Caso seja contratado, os recursos obtidos com o empréstimo, juntamente com os recursos obtidos na emissão de debêntures, poderão ser usados para reforçar o caixa da companhia, para necessidades no curso dos negócios, ou para complementar os recursos necessários no contexto da combinação de operações com a Cetip, disse a BM&FBovespa.

Ainda no noticiário da empresa, os papéis BVMF3 tiveram a recomendação elevada de hold para compra pelo Santander, com novo preço-alvo de R$ 20,00 para 2017. Os analistas esperam um resultado positivo da fusão com a Cetip. Considerando a considerável correção recente dos ativos, os analistas avaliam que o papel está em um ponto atrativo de entrada. 

Multiplan (MULT3)
A Multiplan teve a recomendação elevada de hold para compra pelo Santander com novo preço-alvo de R$ 73 para 2017, destacando as aquisições positivas e a recente queda dos papéis.  

CCX (CCXC3)
Os membros do conselho da CCX orientaram a companhia na segunda-feira a adotar providências para encerrar suas sociedades localizadas na Áustria, como forma de reduzir custos de manutenção. Além disso, eles pediram para que a empresa faça o possível para reduzir os custos e despesas relativos às subsidiárias na Colômbia e trabalhar pela manutenção da CCX Colombia no compromisso de cooperação com a YCCX.

GP Investments (GPIV33)
A GP Investments informou que ela e a World Kitchen decidiram cancelar o acordo definitivo por meio do qual a GP iria adquirir a World Kitchen. A companhia informou que “continuará em busca de oportunidades de investimento atrativas nos Estados Unidos ou Europa, com foco em companhias com potencial de crescimento de longo-prazo nos setores de bens de consumo, serviços e varejo”

Embraer (EMBR3)
Embraer anunciou ter assinado contrato com a United Airlines para a venda de 24 jatos E175. “Esta encomenda representa uma transferência de 24 jatos E175 previamente alocados para a Republic Airways Holdings (Republic), atualmente na carteira de pedidos da Embraer, que agora serão cancelados”, diz a empresa em nota.

Os aviões devem ser entregues à United Airlines em 2017. O contrato tem um valor total de US$ 1,08 bilhão, a preço de lista. “Este movimento estará refletido nos resultados da Embraer do quarto trimestre de 2016 e não terá impacto incremental na atual carteira de pedidos da empresa”, acrescenta a Embraer.

Vale (VALE3VALE5)
BHP Billiton está pressionando para reestruturar a dívida na Samarco, enquanto sua sócia Vale prefere um período de carência de pagamento até que consiga garantir as licenças para retomar a mineração, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg.  

Apesar de as donas dizerem que não pretendem cobrir mais de US$ 3 bilhões em dívida da Samarco, elas estão em desacordo sobre a forma como a mineradora deve abordar os bancos e os detentores de bônus depois de um ano de impasse na produção, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as negociações são privadas. A preferência de BHP na reestruturação agora significaria uma perda aos credores, disseram as fontes. 

A Samarco Mineração, desde o rompimento da barragem em Minas Gerais há um ano, já deixou de fazer dois pagamentos de cupom de títulos. A BHP e Vale disseram que, apesar de ajudar a financiar os trabalhos de limpeza de fundo e reparações, não vão cobrir os pagamentos da dívida da Samarco. Ambas querem que a Samarco volte a operar novamente para que a companhia possa financiar a limpeza e voltar a cumprir seus compromissos financeiros sem a ajuda das duas sócias.  Procurada pela Bloomberg, a Samarco se recusou a comentar. A Vale não comentou imediatamente e a BHP se recusou a comentar sobre discussões específicas entre as sócias ou sobre diferenças na abordagem. 

A Vale teve ainda o preço-alvo elevado de US$ 7 para US$ 10 por ADR pelo Itaú BBA e mantendo recomendação de compra, em meio às perspectivas de alta do preço do minério de ferro e disciplina de capital. 

Oi (OIBR4)
Um grupo de credores que negocia com a Oi se fragmentou, dificultando a reestruturação da dívida de US$ 19 bilhões do grupo brasileiro. As saídas incluem o fundo de hedge Citadel, que se juntou a um grupo que já inclui o Aurelius Capital Management, disseram pessoas, que pediram para não ser identificadas porque o assunto é privado, à Bloomberg. 

Aurelius vinha tentando formar um grupo separado e manteve conversas com assessores de reestruturação, incluindo Brasil Plural, disseram as pessoas. O novo grupo é representado por Allan Brilliant, de Dechert, nos EUA, Marcelo Carpenter, de Sergio Bermudes, no Brasil, e Frederic Verhoeven de Houthoff Buruma, na Holanda, segundo comunicado do grupo em 11 de novembro.

Procurados pela Bloomberg, representantes de Oi, Aurelius, Citadel e Brasil Plural não quiseram comentar. Representantes da Dechert e Moelis não responderam imediatamente aos pedidos de comentários o assunto. 

Rumo (RUMO3)
A Rumo Logística estuda vender uma participação no maior terminal do País no porto de Santos (STBP3), disseram três pessoas envolvidas com a operação à Bloomberg. A empresa teve conversas com Raízen e Czarnikow, que deixaram as discussões posteriormente, disseram duas das pessoas, que pediram anonimato porque as negociações são privadas. Até agora, a Rumo não recebeu uma proposta para a participação que atenda suas expectativas de preço.

A Rumo manteve também conversas preliminares com a chinesa Cofco e com o banco de investimento australiano Macquarie, disseram as fontes. O status das conversas com Cofco e Macquarie não está claro. 

A venda de participação ajudaria Rumo a financiar plano de investimentos de R$ 7 bilhões, com o qual acionistas estão contando para alimentar crescimento, e enfrentar o crescimento da dívida. Procurado pela Bloomberg, um porta-voz da Rumo negou que a venda da participação ou que conversas tenham ocorrido. Cofco, Raizen e Macquarie não quiseram comentar. Czarnikow não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da agência de notícias. 

Gerdau (GGBR4)
Uma explosão ocorrida na segunda-feira, 14, na usina da Gerdau em Ouro Branco, Minas Gerais, deixou três mortos e um ferido. Segundo a siderúrgica gaúcha, os operários eram prestadores de serviço da empresa Convaço e faziam trabalho de manutenção. De acordo com a companhia, o operário que ficou ferido foi encaminhado ao Hospital Fundação Ouro Branco (FOB), mas recebeu alta na manhã desta terça-feira. “A Gerdau e a Convaço estão prestando toda a assistência às famílias das vítimas e trabalhando para apurar as causas do acidente”, afirma a Gerdau em nota enviada à imprensa.

Gol (GOLL4)
A companhia aérea Gol informou que a demanda por voos domésticos caiu 3,5% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a oferta recuou 3,2%. 
Os dados mostram que a demanda doméstica por voos da Gol voltou a cair no mês passado após a alta registrada em setembro, que havia sido a primeira na comparação anual em mais de um ano.

Nos primeiros 10 meses do ano, a queda na demanda por voos domésticos foi de 6,3%, enquanto a oferta teve baixa de 5,4%. Os dados do sistema total da empresa, que incluem voos nacionais e internacionais, mostram queda de 4,4% na demanda em outubro e diminuição de 5,1% na oferta. Considerando apenas os números internacionais, a demanda caiu 11,4% no mês passado, enquanto a oferta teve baixa de 18,3%.

Natura (NATU3)
A fabricante de cosméticos Natura informou o início de uma reestruturação de seu modelo de negócios na França, encerrando a venda direta naquele país. 
Em comunicado, a empresa informou que o canal de venda direta, com 1.100 consultoras, será encerrado até 31 de dezembro de 2016 e que a mudança visa garantir o crescimento sustentável da marca no mercado francês.

O plano faz parte da estratégia de internacionalização da empresa em mercados maduros, com foco em três canais: loja própria, e-commerce e varejistas multimarcas. A fabricante brasileira de cosméticos afirmou que o movimento é concentrado no mercado francês, com base no comportamento dos consumidores daquele país.

“Diferentemente da América Latina, onde a venda por relações representa quase 30 por cento do faturamento do setor de cosméticos, na França essa participação é de apenas 2 por cento”, disse a Natura em comunicado, acrescentando que no Brasil e na América Latina, a venda direta “é e continuará a ser o principal canal da Natura”.

A empresa afirmou ainda que a internacionalização da marca é um dos objetivos estratégicos para os próximos anos, sendo que as operações fora do Brasil já representam mais de 30 por cento da receita líquida da Natura.

BTG Pactual e Equatorial 
A empresa Equatorial Energia (EQTL3) se uniu ao banco BTG Pactual (BBTG11) para comprar os ativos que a empresa espanhola Abengoa detém no Brasil. A proposta é formar uma sociedade, na qual a Equatorial seria majoritária e o BTG ficaria com algo entre 40% e 49%. Conforme apurou o Estado, Equatorial e BTG apresentaram uma proposta formal para aquisição da nove concessões de linhas de transmissão que foram assumidas pela Abengoa no Brasil, após a empresa vencer uma série de leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estão com as obras atrasadas. 

O valor global oferecido pelos ativos é de pouco mais de R$ 1 bilhão. Desse total, R$ 277,2 milhões referem-se à aquisição total de todas as sociedades que a Abengoa detém nos empreendimentos. Outros R$ 724,7 milhões estão relacionados a saldos devedores de projetos em fase pré-operacional da Abengoa, ou seja, dívidas que a companhia acumula no País. A data base da proposta comercial é 31 de dezembro de 2015. 

As negociações com a Abengoa estão avançadas, com previsão de que a Equatorial e o BTG deem início ao processo de due diligence dos ativos, para passar um pente-fino administrativo, contábil e financeiro nos projetos da companhia. Questionada sobre as informações, a Abengoa não se manifestou até o fechamento desta reportagem. A Equatorial declarou apenas que “está sempre atenta às oportunidades de mercado”. O BTG Pactual não quis comentar o assunto.

Além disso, a aquisição pelo BTG de 70% das ações representativas do capital da recuperadora de crédito Ibagué é aprovada pelo Cade sem restrições. A fatia remanescente de 30% segue distribuída entre os atuais acionistas, entre eles a Leste Ilíquidos, controlada por Emmanuel Rose Hermann, ex-chefe da mesa proprietária de ações do BTG. Outros acionistas da Ibagué são Otair Guimarães e Ricardo Lopes Cardoso. A Ibagué é uma empresa pré-operacional que atuará na prestação de serviços relacionados à recuperação de carteiras de créditos corporativos inadimplentes e de imóveis estressados. O valor do negócio não foi revelado nos documentos do Cade e no despacho no Diário Oficial.

Localiza (RENT3)
A Localiza informou que o Conselho de Administração aprovou a emissão de R$ 500 milhões em debêntures simples, que terá esforços restritos de distribuição.  

(Com Reuters e Agência Estado)

Inscreva-se no minicurso de Day Trade gratuito que ensina a operar menos de 30 minutos por dia

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.