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A terceira semana de junho será mais curta, aqui no Brasil, por conta do feriado católico de Corpus Christi. Mas antes da B3 fechar, na quinta-feira, os investidores terão uma “super quarta” com decisões sobre juros aqui e nos Estados Unidos. Nos dois casos, é esperado que a autoridades deem continuidade aos seus ciclos de aperto monetário.
Os analistas estão divididos sobre os próximos passos no Comitê de Política Monetária (Copom). No encontro anterior, o BC não foi tão assertivo sobre qual seria sua postura agora em junho. As apostas se dividem entre uma alta de 25 pontos base ou de 50 pontos para a Selic, atualmente em 12,75% ao ano. Algumas casas acreditam que será a última vez que o BC elevará juros – um cenário que ganhou força depois que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de maior desacelerou em maio. Mas se uma parte dos analistas acredita que a inflação chegou ao pico, outros acham que os preços vão continuar altos e avaliam que há espaço para novos ajustes na Selic.
O Itaú prevê que a taxa seja elevada em 50 pontos na semana que vem. “Em nossa visão, a elevação estaria de acordo com a mensagem passada após a reunião do mês de maio, no qual a autoridade monetária falaram em um ajuste adicional de menor magnitude, em relação aos 100 pontos bases implementados até então”, escreveram os analistas.
O banco acredita que o Copom sinalize para um aumento moderado na reunião de agosto. “Um aspecto adicional que deve ser considerado desta vez no balanço de riscos do comitê é a possibilidade de redução de impostos que, se implementados, pode implicar em um viés de baixa à inflação projetada para este ano”, complementou a equipe de análise. Para o Itaú, a redução de impostos, destaque na agenda em Brasília para os próximos dias, deverá ter influência limitada na decisão do colegiado desta semana.
“Esperamos que o Banco Central eleve a Selic para 13,25% na próxima reunião, com destaque para a sinalização dos próximos passos do comitê”, destaca o Bradesco, também apostando em uma alta de 50 pontos base.
Também na quarta-feira termina a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Copom do Banco Central dos Estados Unidos. A decisão em si não deve trazer muitas surpresas e os juros no país devem ser elevados em 50 pontos base, para uma taxa entre 1,25% e 1,5%.
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“Além da decisão, os mercados devem acompanhar de perto a coletiva do presidente da instituição, Jerome Powell”, ressalta o Bradesco.
A expectativa sobre a fala de Powell é ainda maior depois que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 1% em maio na comparação com abril, superando expectativas, e mostrando que a inflação no país não chegou ao pico como se pensava. Além disso, o início da reunião do Fomc coincide com um outro dado de inflação: o índice de preços ao produtor será divulgado na terça-feira. É possível, portanto, que o presidente do Federal Reserve use um tom mais hawkish, de aperto monetário mais agressivo, no discurso após a decisão sobre os juros.
Além do Copom e do Fomc, o Banco Central da Inglaterra também deverá anunciar mais uma elevação de juros na quinta-feira. Mas antes, na segunda-feira, os investidores também vão conhecer a produção industrial britânica e o PIB revisado do primeiro trimestre; na terça, os dados oficiais de emprego do Reino Unido.
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Ainda na Europa, destaque para o índice de preços ao consumidor da Alemanha e na zona do euro (na terça-feira). Na sexta-feira saem as vendas do varejo britânico e o índice de preços ao consumidor da zona do euro.
Mais indicadores no Brasil, EUA e China
Depois da divulgação das vendas do varejo brasileiro em abril, que ficaram acima das expectativas, a terça-feira (14) vai trazer o desempenho de setor de serviços para o mesmo mês. O Itaú prevê um crescimento de 0,3% na comparação com março e de 10,4% na comparação anual, “com o componente de serviços oferecidos às famílias expandindo 2,7% mês a mês”.
Nos Estados Unidos, as vendas do varejo saem na quarta-feira, mesmo dia da conclusão da reunião do Federal Reserve.
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Na China está prevista uma série de indicadores que ainda devem refletir os recentes lockdowns no país. A produção industrial e as vendas no varejo de maio saem na terça-feira, junto com os dados de emprego e de investimento estrangeiro direto.
No noticiário corporativo, destaque para o último dia de negociações dos papéis do Banco Inter (BIDI3;BIDI4;BIDI11) na sexta-feira (17). A empresa migrou para a Nasdaq e a previsão é que as ações sejam negociadas em Nova York na próxima semana.
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