De US$ 1.000 a US$ 20.000: o gráfico que resume a disparada do Bitcoin em 2017

Maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin encerrou o ano com ganho de 1.300%, chegando ao dobro do valor projetado por analistas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – 2017 vai ficar marcado como o ano do Bitcoin. Até poderíamos dizer que foi o ano das criptomoedas, mas provavelmente a disparada de diversos destes ativos não teria acontecido se não fosse o Bitcoin, a maior das moedas digitais e a mais conhecida mundialmente. Apesar da disparada de US$ 960 para uma máxima de US$ 20.000, a moeda não teve um ano fácil, chegando a cair para US$ 12.000 nos últimos dias do ano, antes de voltar a se recuperar.

Mesmo quando 2017 já caminhava para o seu fim, e operava entre US$ 6.500 e US$ 8.000, muitos analistas ainda se mostravam otimistas de que o Bitcoin conseguiria fechar o ano na casa de US$ 10.000, o que na época se mostrava uma projeção bastante otimista. A moeda, porém, deu uma arrancada surpreendente no fim de novembro, o que foi seguido de uma forte correção na última semana do ano.

Mais do que ficar resumindo, o gráfico abaixo representa bem o que foi o agitado ano do Bitcoin:

Ainda no primeiro semestre, o mundo das criptomoedas ainda estava mais tranquilo, com poucas notícias e volume ainda baixo de negócios por dia. Porém, em abril, o Japão de um passo importante para ajudar o mercado, por mais que a reação nos preços não tenha vindo tão rápido. O país, um dos maiores mercados de Bitcoin, regulamentou a moeda como meio de pagamento.

Nos meses que se seguiram, muita coisa aconteceu e é importante se atentar para o que, na época, muitos viram como um momento de caos, não representou praticamente nada para o preço do Bitcoin. Em setembro, quando a China agitou o mercado com rumores de fechamento de exchanges e a suspensão de IPOs, a moeda desabou, mas no gráfico de 2017, você mal consegue ver esta variação.

Outro ponto importante foram os forks (divisões) do Bitcoin. Disputas de grupos de mineradores levaram o código da criptomoeda a se dividir, dando origem ao Bitcoin Cash e ao Bitcoin Gold. O debate sobre isso é muito grande entre os especialistas e há quem acredite que estas “novas” moedas são superiores à original, já que foram criadas para melhorar características do próprio Bitcoin.

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Especialistas apontam que todos estes eventos ajudaram a tornar o mercado do Bitcoin mais maduro. Criptomoedas ainda são ativos de grande risco, ou seja, não são para qualquer um. Mesmo assim, as fortes altas do ano passada chamaram atenção de pessoas que não fazem ideia do que são estas moedas e nunca haviam investido antes.

Toda essa volatilidade acaba sendo um aprendizado para o investidor “jovem” e tende a servir para que futuros eventos não tenham tanto impacto assim no mercado. Agora os investidores já começam a se questionar: qual será o próximo Bitcoin?

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.