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O braço de venture capital (VC) da exchange de criptomoedas FTX foi um grande investidor em alguns dos maiores nomes do ecossistema cripto. Com a crise na empresa nesta semana, crescem as dúvidas agora giram em torno do que acontecerá com esses investimentos.
Entre os maiores nomes no portfólio da FTX Ventures estão a Yuga Labs, criadora do Bored Ape Yacht Club, a Circle, emissora da stablecoin USDC, além das blockchains de primeira camada (que funcionam por conta própria) Near Protocol e Sui.
Também são investidas pela FTX a blockchain Aptos, com dois aportes, e a plataforma de empréstimos BlockFi, que recebeu crédito de US$ 400 milhões, com opção de compra pela FTX a um valuation de US$ 240 milhões.
A FTX também aportou, em 2020, R$ 40 milhões na Transfero, uma empresa fundada por brasileiros na Suíça que viabiliza a operação de diversas exchanges estrangeiras (inclusive a FTX) no Brasil.
Em setembro, a FTX Ventures também concordou em comprar 30% da SkyBridge Capital por um valor não divulgado, depois que a empresa de investimento foi prejudicada pela queda do mercado.
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Fundada por Anthony Scaramucci, ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, a SkyBridge planejava usar parte dos recursos para comprar US$ 40 milhões em criptomoedas e colocar em seu balanço patrimonial como um investimento de longo prazo.
Os investidores da FTX
A turbulência da FTX também pode causar mais dores de cabeça para investidores na exchange, em especial a já enfraquecida Tiger Global Management e o SoftBank Vision Fund.
O fundo de hedge Tiger Global, de Chase Coleman, participou de uma rodada de US$ 420 milhões na FTX em outubro de 2021, com um valuation de US$ 25 bilhões, e retornou para uma rodada de financiamento em janeiro com um valuation de US$ 32 bilhões.
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Em meio a esses investimentos, a Tiger Global entrou no ano com muita exposição tanto a ações quanto à China e trabalhou para reequilibrar seu portfólio. O fundo ainda perdeu 5,4% no mês passado, apesar do aumento de posição nos mercados de ações globais, segundo a Bloomberg.
Já o SoftBank Vision Fund foi outro investidor que retornou para a rodada de financiamento da FTX em janeiro de 2022. O conglomerado japonês é um dos maiores financiadores mundiais de empresas de tecnologia por meio de seu braço de investimentos, que inclui dois veículos do Vision Fund e um fundo da América Latina.
No entanto, o braço de investimentos registrou perdas de US$ 50 bilhões durante os primeiros seis meses deste ano, em grande parte atribuídas a perdas de mercado em investimentos de empresas listadas em bolsa, como Uber e Opendoor.